Cristiano Zanin assume cargo em meio a decisões polêmicas da gestão anterior.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O mandato de Alexandre de Moraes à frente da presidência da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) chega ao fim, e o ministro Cristiano Zanin assume a função nesta terça-feira (1º). Essa mudança ocorre em um contexto de críticas e controvérsias relacionadas à gestão de Moraes, que foi marcada por decisões que geraram divisões no cenário político brasileiro.
Além do plenário principal, que conta com os 11 ministros, o STF é dividido em turmas menores, cada uma composta por cinco ministros. O papel do presidente de cada turma é fundamental, pois ele decide quais processos serão discutidos e julgados. Apesar da mudança de liderança, Zanin é visto como um aliado de Moraes, o que levanta questionamentos sobre a continuidade das práticas da gestão anterior.
A Primeira Turma, agora sob a presidência de Zanin, conta com os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux, que têm concordado em grande parte com as decisões tomadas por Moraes. No último ano, a turma analisou 5.832 processos, dos quais 5.792 foram em sessões virtuais. Entre os casos examinados, destacam-se 158 denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Com a saída de Moraes, há um sentimento de expectativa sobre como a nova liderança impactará as decisões do STF e se haverá espaço para uma abordagem mais equilibrada e menos polarizada nas questões que envolvem os direitos e garantias dos cidadãos. A continuidade de uma linha de pensamento similar à de Moraes pode manter a tensão e a polarização no ambiente político.
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