
Operação revela esquema com documentos falsos, milícias armadas e prejuízo milionário ao patrimônio público.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Em uma operação realizada na última sexta-feira, 1º de novembro, a Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa especializada em grilagem de terras públicas na região da Fazenda Palotina, em Lábrea (AM). O grupo, que atuava ilegalmente desde 2007, utilizava documentos falsos, corrupção de servidores públicos e milícias armadas para intimidar e expulsar moradores locais, incluindo comunidades extrativistas que dependem da região para a coleta de castanhas.
A área, de propriedade da União, tornou-se um palco de desmatamento ilegal e conflitos,onde os criminosos impunham domínio por meio de violência e ameaças. Comunidades que habitavam a região há anos, como as famílias extrativistas, enfrentavam constante pressão e ameaças armadas.Segundo a Polícia Federal, o grupo tinha um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a agentes públicos,garantindo assim o controle sobre as terras e a continuidade de suas operações ilegais.
Estima-se que o esquema tenha gerado prejuízo superior a R$ 68 milhões ao patrimônio público, além de provocar graves danos ao meio ambiente e aos direitos humanos das comunidades locais. Esse impacto inclui o comprometimento do ecossistema da região amazônica, assim como a destruição dos meios de subsistência de populações que dependem das terras para viver.
Com base nas provas coletadas ao longo das investigações, foram expedidos mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, visando interromper as atividades do grupo. A Polícia Federal declarou que essa operação faz parte de um esforço contínuo para proteger as terras públicas da Amazônia, resguardando tanto o patrimônio da União quanto os direitos das populações locais.
A operação representa um marco na luta contra o crime organizado na Amazônia, destacando o compromisso com a preservação ambiental e a segurança das comunidades que habitam a floresta.
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