
Ausência de plano fiscal e viagem à Europa geram incerteza e pressões no mercado financeiro.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O dólar atingiu R$ 5,87 nesta sexta-feira, 1º, refletindo a falta de clareza sobre o planejamento econômico do governo Lula e a política fiscal conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A viagem de Haddad à Europa, adiou o esperado anúncio de cortes de gastos, contribuindo para o aumento da volatilidade e desconfiança no mercado.
Ramon Coser, especialista da Valor Investimentos, destacou que o governo não se posicionou claramente sobre medidas de austeridade, aumentando a cautela e as proteções adotadas por investidores.
Essa espera reflete uma percepção de inércia do governo em endereçar a preocupação com o risco fiscal, levando à valorização da moeda americana e à escalada nos juros futuros.
As taxas de depósito interfinanceiro (DI) para 2027, por exemplo, ultrapassaram 13% ao ano, o maior nível desde a fase mais crítica da pandemia em 2020. Em resposta às críticas, Haddad minimizou a inquietação do mercado, afirmando que é uma reação natural.
No entanto, essa resposta pouco satisfaz analistas e setores financeiros que cobram mais firmeza e rapidez na implementação de políticas para conter o déficit e estabilizar a economia.
A viagem de Haddad, programada para durar até 9 de novembro, foi vista por muitos como um sinal de negligência, agravando o sentimento de incerteza. A falta de definições em um momento de pressões inflacionárias e alta do dólar levanta questionamentos sobre a estratégia econômica do governo Lula e a capacidade de manter a confiança de investidores e do setor financeiro.
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