
Reformulação histórica visa corrigir falhas e melhorar atendimento à população.
Por Paloma de Sá| GNEWSUSA
O Ministério da Saúde está intensificando as ações para a execução do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais no Rio de Janeiro, que visa corrigir falhas históricas, melhorar o atendimento e aumentar a capacidade das unidades. Nesta semana, reuniões entre a equipe técnica, servidores e sindicatos foram realizadas para discutir detalhes das etapas de implementação, destacando o compromisso da ministra da Saúde, Nísia Trindade, em transformar o sistema hospitalar federal.
Uma nova direção para os hospitais federais
A médica Teresa Navarro, atual diretora-geral do Departamento de Gestão Hospitalar do Estado do Rio de Janeiro (DGH-RJ), é uma das principais vozes por trás dessa transformação. Em suas palavras, a reformulação busca não apenas solucionar uma crise que perdura há duas décadas, mas também ampliar o acesso da população a serviços essenciais de saúde.
“Estamos enfrentando 20 anos de crise na rede federal. Várias tentativas já foram feitas para resolver essa situação, mas agora, com esse plano de reestruturação, temos uma oportunidade concreta de entregar melhorias à população do Rio de Janeiro”, explicou Navarro.
Segundo a diretora, a reformulação visa principalmente aumentar a capacidade de atendimento, reabrir leitos bloqueados e fortalecer a integração dos hospitais federais ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ela enfatiza que o projeto tem metas claras, como a realização de mais cirurgias e a recomposição da força de trabalho nas unidades hospitalares.
“É um projeto estruturado, conduzido com responsabilidade. Temos um grupo de especialistas mapeando e monitorando cada etapa. Queremos comemorar, já no próximo ano, a reabertura de leitos e o aumento de procedimentos cirúrgicos”, projeta Teresa.
Principais metas do Plano de Reestruturação
O plano, iniciado em julho deste ano, é parte do compromisso do Ministério da Saúde em restaurar a confiança da sociedade nos serviços de saúde pública. O objetivo é garantir que os hospitais federais ofereçam atendimento digno e eficiente, especialmente para a população que depende exclusivamente do SUS.
Atualmente, várias unidades enfrentam desafios significativos, como emergências fechadas, leitos bloqueados, falta de funcionários e problemas de abastecimento. Duas instituições já começaram a implementar as mudanças propostas: o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE).
A reestruturação dessas unidades tem como foco a reabertura das emergências e a melhoria das condições gerais de atendimento, o que deve impactar positivamente o acesso à saúde para milhares de cariocas.
Garantia de direitos para os servidores
Um ponto crucial do processo de reformulação é a garantia de que os direitos dos servidores das unidades serão respeitados. O Ministério da Saúde estabeleceu um processo de movimentação voluntária, permitindo que os funcionários escolham, de forma livre, serem transferidos para outras unidades ou setores.
Na última segunda-feira (11), foram divulgadas as novas diretrizes para a transferência de servidores do Hospital de Bonsucesso, que desde 15 de outubro está sob a gestão do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Para esclarecer dúvidas e facilitar o processo, um guia com perguntas frequentes (FAQ) foi disponibilizado tanto diretamente aos servidores quanto na página oficial do hospital.
Além disso, foi criado um canal de atendimento via e-mail para responder às dúvidas dos profissionais sobre a transição. Atualmente, as unidades federais de saúde no estado contam com cerca de 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários, que poderão contar com o suporte necessário durante esse período de mudanças.
Próximos passos e expectativas
A expectativa da diretora Teresa Navarro é que, com as reformas implementadas, os hospitais federais do Rio de Janeiro sejam capazes de oferecer um atendimento mais ágil e eficiente. “Queremos ver resultados concretos, como a ampliação de leitos e o aumento do número de cirurgias, o que será um marco para a saúde pública no estado”, concluiu.
Essa reestruturação reflete o empenho do Ministério da Saúde em transformar o sistema hospitalar federal, beneficiando não apenas os servidores, mas principalmente a população que depende dos serviços públicos de saúde.
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