Ministro afirma que Argentina será a economia que mais crescerá nos próximos 30 anos

Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, busca atrair investimentos em setores estratégicos durante visita a São Paulo.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última segunda-feira (2), o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, fez uma afirmação ousada sobre o futuro econômico do país. Caputo garantiu que a Argentina será a economia que mais crescerá nos próximos 30 anos, destacando as medidas adotadas pelo governo de Javier Milei para reverter a grave crise enfrentada pelo país. Em sua fala, ele explicou o processo de transformação econômica em curso e os desafios que estão sendo superados.

Caputo explicou que, desde a chegada de Milei ao poder, o governo argentino tem adotado medidas rigorosas para combater a crise econômica, que inclui déficits fiscais elevados, reservas internacionais negativas e uma inflação que chegou perto da hiperinflação. Ele afirmou que o país passou a trabalhar para restaurar a credibilidade da economia, o que, segundo ele, é essencial para implementar políticas econômicas eficazes.

“O mérito de Milei foi ter conseguido convencer a população que o verdadeiro problema da Argentina sempre foi fiscal”, afirmou Caputo, enfatizando que as reformas focam no controle do déficit fiscal.

A economia argentina já começa a mostrar sinais de recuperação, com uma queda significativa na inflação mensal, que passou de 25,5% em dezembro de 2023 para 2,7% em outubro deste ano. Caputo não acredita que o processo seja um “milagre”, mas sim o resultado de políticas econômicas consistentes: “Muitos já falam em ‘milagre econômico’. Eu não acredito muito em milagres econômicos. Creio que os resultados econômicos não são outra coisa que a consequência das políticas econômicas. E se a Argentina foi tão mal nos últimos 123 anos foi porque tomou más decisões econômicas.”

Em relação ao futuro, Caputo destacou que, com o foco nas políticas fiscais, a Argentina terá o crescimento mais acelerado da região nos próximos 30 anos. “Estamos profundamente convencidos de que a Argentina será o país que mais vai crescer nos próximos 30 anos”, afirmou.

Outro ponto crucial da sua visita foi o anúncio de que o governo argentino pretende eliminar as restrições cambiais, conhecidas como “cepo”, até 2025. Para isso, Caputo apresentou três condições essenciais para a recuperação econômica: a estabilização da base monetária, a continuação da redução da inflação e o saneamento das contas do Banco Central, incluindo a recuperação das reservas internacionais.

“Sem dúvida, isto [o fim das restrições cambiais] vai acontecer em 2025. O timing é muito difícil de assegurar, porque as negociações com o fundo levam tempo […] O que podem estar seguros é de que, em 2025, as restrições cambiais vão acabar”, garantiu Caputo.

Além das reformas internas, a Argentina também busca estreitar laços comerciais com o Brasil e a União Europeia. Caputo ressaltou a importância de modernizar o Mercosul e garantir parcerias mais flexíveis para impulsionar o comércio na região. “O Mercosul precisa estar aberto à modernização para continuarmos trabalhando juntos. Isso será positivo para todos os países envolvidos”, concluiu.

O foco da visita também foi a atração de investimentos para setores estratégicos, como energia e mineração. Acompanhado pela irmã do presidente, Karina Milei, e pelo secretário de Energia e Mineração, Daniel Casartelli, Caputo discutiu com empresários brasileiros oportunidades de projetos, como a exploração de lítio e energia solar. Casartelli destacou que a Argentina criou um ambiente de segurança jurídica para atrair investidores: “Criamos um ambiente de segurança jurídica para atrair investidores, com regras claras e previsíveis.”

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