Ex-ministro da Coreia do Sul tenta suicídio após ser preso por tentativa de lei marcial

Justiça sul-coreana intensifica investigações, e ex-ministro enfrenta acusações graves enquanto oposição busca impeachment presidencial.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Kim Yong-hyun, ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul, tentou tirar a própria vida dentro da prisão, apenas dois dias após sua detenção por suposta participação em uma tentativa de impor uma lei marcial no país. De acordo com informações de um funcionário da unidade prisional, o incidente ocorreu na última terça-feira (10). Apesar da gravidade da situação, ele foi rapidamente atendido e se encontra em boa condição de saúde.

Prisão e acusações

O ex-ministro estava sob custódia desde o último domingo (8), mas teve sua prisão formalizada na segunda-feira (9) após a emissão de um mandado judicial. Kim Yong-hyun é acusado de ter desempenhado um “papel crucial em uma rebelião” e de “abuso de poder para obstruir o exercício de direitos”. Essas alegações reforçam o peso da crise política que se desenrola no país.

Em meio ao agravamento das investigações, Kim pediu demissão do cargo em 4 de dezembro, um dia após a frustrada tentativa de golpe. Em comunicado oficial, ele declarou: “Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo em relação à lei marcial. Apresentei minha renúncia ao presidente.”

Ampliação das investigações

Além de Kim Yong-hyun, outras figuras de destaque também enfrentam acusações relacionadas à tentativa de lei marcial. Cho Ji-ho, comissário-geral da Agência Nacional de Polícia, e Kim Bong-sik, chefe da Agência de Polícia Metropolitana de Seul, estão presos. O presidente Yoon Suk-yeol, atualmente sob forte impopularidade, foi proibido de deixar o país, assim como outros altos funcionários ligados ao episódio.

Nesta quarta-feira (11), a polícia afirmou estar sendo impedida de realizar buscas no escritório presidencial. Um porta-voz declarou que os investigadores obtiveram acesso ao “escritório de serviços civis” no complexo presidencial, mas enfrentam restrições de acesso ao prédio principal, devido às medidas de segurança impostas.

O cenário político da Coreia do Sul segue tenso. A oposição anunciou uma segunda votação para uma moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol, prevista para ocorrer no próximo sábado (14).

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