
Combatente era o primeiro prisioneiro de guerra de Pyongyang detido por forças ucranianas
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Um soldado norte-coreano ferido na guerra na Ucrânia morreu após ser capturado pelo exército ucraniano, informou nesta sexta-feira, 27, o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul. Segundo o órgão, a confirmação foi obtida por meio de uma “agência de inteligência aliada” e atribuiu a morte aos “ferimentos graves” sofridos pelo militar.
A captura do combatente representa o primeiro registro de um soldado de Pyongyang feito prisioneiro durante o conflito, marcado pela colaboração entre a Rússia e a Coreia do Norte em esforços militares contra a Ucrânia.
Presença militar norte-coreana no conflito
Relatórios de inteligência indicam que a Coreia do Norte enviou milhares de soldados para apoiar as tropas russas. Estimativas de analistas sul-coreanos, norte-americanos e ucranianos apontam para um contingente entre 11.000 e 12.000 militares de Pyongyang atuando no front. Contudo, nem o governo russo nem o norte-coreano confirmaram publicamente esse apoio direto.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que “mais de 3.000 soldados norte-coreanos morreram ou ficaram feridos” na região de Kursk, situada no território russo. Ele também destacou que a parceria entre Moscou e Pyongyang eleva o “risco de desestabilização” na península coreana, alertando para possíveis desdobramentos regionais.
Impacto estratégico e perdas humanas
Na última semana, segundo o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, cerca de 1.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos durante confrontos na região de Kursk. “Está claro que os líderes militares russos e norte-coreanos recorrem a estratégias de ‘ataques em massa e desmontados’”, comentou Kirby, ao detalhar a situação das tropas aliadas no conflito.
Aliança entre Kim e Putin intensifica tensões
Em junho, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, formalizaram um tratado de cooperação estratégica. Entre os termos do acordo, os países comprometeram-se a oferecer assistência militar imediata em caso de ataques e a trabalhar juntos para mitigar os impactos de sanções econômicas impostas por países ocidentais.
A aliança entre os dois líderes e o envolvimento de tropas norte-coreanas na guerra intensificam os desafios geopolíticos e adicionam novas dimensões ao conflito, já prolongado e com consequências globais.
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