Casos inéditos de infecção por H5N1 em rebanhos bovinos levantam preocupações sobre riscos de transmissão entre espécies e ameaças à saúde pública.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Pela primeira vez, autoridades nos Estados Unidos confirmaram a infecção de vacas leiteiras pelo vírus da gripe aviária (H5N1), tradicionalmente associado a aves. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os casos foram detectados em fazendas de estados como Texas, Kansas e Califórnia. Amostras de leite não pasteurizado e swabs nas vias respiratórias dos animais testaram positivo para a influenza aviária de alta patogenicidade.
Especialistas apontam que a contaminação ocorreu provavelmente por contato indireto com aves selvagens infectadas, que bebiam água compartilhada com os bovinos ou contaminavam o ambiente com fezes. A descoberta levanta um alerta global, pois o vírus pode sofrer mutações e aumentar os riscos de transmissão entre humanos.
A surpresa foi grande em relação à carga viral elevada encontrada no leite dos animais contaminados. Apesar de o leite pasteurizado continuar seguro para o consumo, as autoridades recomendam a intensificação das medidas de biossegurança em propriedades rurais para evitar novos surtos.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos internacionais enfatizam que a ocorrência reforça a necessidade do conceito de “Uma Só Saúde,” que reconhece a interconexão entre saúde animal, humana e ambiental. Prevenir a disseminação do vírus em animais é fundamental para proteger a saúde humana.
Até o momento, não há evidências de transmissão sustentada entre humanos. Contudo, o episódio acendeu um alerta para a vigilância contínua e a preparação contra possíveis pandemias futuras relacionadas à gripe aviária.
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