
Na última sexta-feira (10), em um trabalho conjunto da Polícia Federal com a Polícia Civil do Espírito Santo, foi preso o brasileiro Julio Cezar Cuel, em Cariacica, na região metropolitana de Vitória. O homem, de 44 anos, é acusado de pedofilia contra duas meninas de 7 e 12 anos, em New Jersey, ambas filhas de um primo dele. Ele estava nos Estados Unidos há cerca de 3 anos, e estava fugitivo.
Nesta segunda-feira, o repórter Thathyanno Desa conversou com exclusividade com o superintendente Regional da Polícia Federal, o delegado Eugênio Ricas, que contou como foi a investigação e a prisão de Julio.
“Esse indivíduo, assim que sobre que a polícia americana estava atrás dele, ele fugiu pelo México, fugiu pela fronte ria seca pelo México e pegou um avião na Cidade do México e veio para o Espírito Santo. Ele ES isso porque sabia que as autoridades americanas poderiam prender ele no aeroporto e poderia pegar até uma prisão perpétua nos Estados Unidos. Ele fugiu e veio para o Brasil. E tanto a polícia de New Jersey, quanto a HSI, as duas fizeram contato com a Polícia Federal no Brasil, no Espírito Santo, na representação regional da Interpol. A gente identificou que esse indivíduo estava em Cariacica, que faz parte da Grande Vitória, Região Metropolitana da capital do Espírito Santo. Um trabalho em conjunto, da Polícia Federal com a Polícia Civil. A Polícia Federal fez o meio de campo e a Polícia Civil instaurou inquérito, representou pela prisão e a duas, juntas, conseguiram prender esse individuo na última sexta-feira”, relata o profissional, que atua há 18 anos na Polícia Federal.
Segundo o delegado, a prisão ocorreu de maneira tranquila. “Ele não tentou reagir, foi pacifico. Foi facilmente identificado e não teve nenhuma dificuldade na realização da prisão em si”, revela.
O delegado conta que a expectativa é que ele permaneça preso por um longo período. “Ele está preso provisoriamente. Ainda não é uma condenação, mas a gente acredita que há provas suficientes para sustentar uma condenação. São crimes gravíssimos que vêm sido realizados reiteradamente, um crime bárbaro, gravíssimo. E além dos abusos, o fato de manter e divulgar arquivos pornográficos contra crianças e adolescentes, as nossas expectativas é que ele passe muito tempo atrás das grades”, contou.
Além disso, a polícia americana cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Julio, e lá encontraram um computador com mais de 60 arquivos que estão sendo analisados, e ao que tudo indica, possuem conteúdo pornográfico infantil, segundo as informações do delegado.
Ele conta que a agilidade das polícias foi fundamental para o trabalho. “Foi um conjunto de fatores. A polícia americana trabalhou muito bem. Esses fatos vieram à tona no fim de maio. Nós estamos em setembro, foram poucos meses até o desfecho. O sujeito está preso. E ele fugiu de país. A polícia americana e a polícia brasileira também trabalharam muito bem. E é o que a sociedade espera. Que a polícia faça um trabalho ágil. Porque é um crime gravíssimo, poderia estar praticando contra outras pessoas e não podemos permitir isso”, conta.
“Hoje o crime não tem fronteira. O sujeito comete um crime, e dois dias depois está no outro lado do mundo. Então, as polícias precisam trabalhar de forma cooperativa, conversando, para ter bons resultados”, completa.
Confira a entrevista completa:
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