Cidade de Piau se torna foco de investigações epidemiológicas para conter avanço da doença.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, reforçou as ações de vigilância contra o vírus Oropouche no estado após a confirmação de novos casos. Desde o dia 6 de janeiro de 2025, equipes técnicas estão concentradas na cidade de Piau, localizada na Zona da Mata, região que ocupa a segunda posição no número de infecções registradas.
Especialistas do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada ao SUS (EpiSUS) realizam uma análise aprofundada dos casos. Os estudos incluem levantamento de dados epidemiológicos, mapeamento de áreas críticas e avaliação de fatores de risco, com o objetivo de reduzir a transmissão do vírus e orientar a população.
Municípios afetados e número de casos
Casos do vírus Oropouche foram confirmados em diversas localidades de Minas Gerais:
- Zona da mata: Piau, Coronel Pacheco (3 casos), Juiz de Fora (1), Rio Novo (1), Tabuleiro (1).
- Outras regiões: Coronel Fabriciano (30 casos), Timóteo (15 casos), Congonhas (1), entre outros.
Objetivos das investigações
Os técnicos buscam entender o reaparecimento da doença na região e propor medidas eficazes de contenção. Entre os principais objetivos estão:
- Avaliar fatores de risco associados à infecção.
- Estimar a prevalência de anticorpos para o vírus entre os moradores.
- Identificar possíveis grupos de risco, como indivíduos com comorbidades.
- Mapear os focos de maior incidência da doença.
Medidas preventivas e controle
Com base nas orientações publicadas em uma nota técnica recente, o Ministério da Saúde destaca as seguintes práticas para reduzir o risco de exposição ao vetor transmissor, o maruim:
- Vestimenta protetora: uso de roupas que cubram braços e pernas.
- Proteção do ambiente: instalação de telas finas e uso de mosquiteiros.
- Higiene ambiental: remoção de folhas e resíduos orgânicos que podem atrair o vetor.
- Cuidados com gestantes: evitar atividades em áreas de risco.
A nota técnica é parte do plano de enfrentamento das arboviroses, que inclui diretrizes definidas no Colóquio sobre a Emergência de Oropouche realizado no Espírito Santo em dezembro de 2024.
O que é o vírus Oropouche?
O vírus, transmitido pelo inseto maruim (Culicoides paraensis), pode causar febre, dores musculares e articulares, além de manifestações neurológicas em casos graves. A doença é comum em regiões tropicais e requer atenção especial devido à sua alta taxa de transmissão.
Próximos passos
O Ministério da Saúde continuará o monitoramento em parceria com estados e municípios, reforçando campanhas de conscientização e ampliando a capacidade de diagnóstico. A prioridade é prevenir novas infecções e garantir tratamento adequado aos casos confirmados.
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