Crianças com Microcefalia: custos e desafios intensificados pelo corte do benefício no Brasil

Foto: internet
Famílias enfrentam dificuldades financeiras e estruturais após mudanças no auxílio para crianças com microcefalia.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O corte do benefício vitalício para crianças com microcefalia, anteriormente garantido por políticas assistenciais, trouxe preocupações significativas às famílias que dependem deste apoio para garantir cuidados essenciais aos seus filhos. A microcefalia, muitas vezes associada à infecção congênita pelo vírus Zika, exige tratamentos multidisciplinares e suporte constante, gerando custos elevados que se tornam desafiadores para a maioria das famílias.

Desafios financeiros enfrentados pelas famílias

Crianças com microcefalia geralmente requerem:

  1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional: sessões frequentes para melhorar a mobilidade e prevenir contraturas, com custos médios entre R$ 70 e R$ 180 por sessão.
  2. Acompanhamento Neurológico e Pediátrico: consultas regulares, exames e medicamentos específicos.
  3. Equipamentos de suporte: cadeiras de rodas adaptadas, órteses e dispositivos de comunicação, cujo custo pode ultrapassar R$ 5 mil.
  4. Despesas com transporte: deslocamentos frequentes para consultas e terapias, muitas vezes em outras cidades.
  5. Necessidades alimentares e suplementares: em muitos casos, há demanda por dietas específicas e suplementos, aumentando ainda mais as despesas.

Impacto do corte no benefício

O benefício vitalício ajudava a cobrir parte dessas despesas, possibilitando uma maior qualidade de vida para as crianças e suas famílias. Com a interrupção do auxílio, muitas famílias relatam dificuldades para manter o acesso aos tratamentos necessários.

Além disso, o impacto psicológico sobre os cuidadores, geralmente pais ou avós que se dedicam exclusivamente às crianças, também é relevante. Sem o suporte financeiro, a sobrecarga emocional e o estresse tendem a aumentar.

Apoio e mobilização social

Diversas organizações de saúde e direitos humanos alertam para a urgência de políticas públicas que contemplem as necessidades dessas famílias. Grupos comunitários e ONGs têm mobilizado esforços para apoiar os afetados, mas ainda enfrentam limitações para atender à crescente demanda.

Especialistas reforçam que a falta de suporte financeiro e estrutural pode resultar no agravamento das condições das crianças, além de comprometer o bem-estar das famílias.

Soluções possíveis

  • Revisão do corte do benefício: Propostas legislativas estão sendo discutidas para reavaliar o auxílio às crianças com microcefalia.
  • Expansão de programas de saúde pública: Fortalecer o SUS para atender integralmente essas crianças pode reduzir a dependência de recursos privados.
  • Campanhas de conscientização e arrecadação: Mobilizar a sociedade civil para apoiar as famílias mais vulneráveis.

A decisão de interromper o benefício vitalício coloca em risco o acesso a cuidados essenciais para crianças com microcefalia e desafia o compromisso de garantir condições dignas para aqueles que mais necessitam.

  • Leia mais:

https://gnewsusa.com/2025/01/ministerio-da-saude-intensifica-monitoramento-de-casos-de-oropouche-em-minas-gerais/

https://gnewsusa.com/2025/01/policia-civil-fecha-fabrica-de-medicamentos-falsificados-em-campinas-com-50-toneladas-de-produtos-adulterados/

https://gnewsusa.com/2025/01/picada-de-cobra-diagnostico-preciso-e-soro-salvam-crianca-de-3-anos/

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*