
No primeiro dia na Casa Branca, Donald Trump assina decretos nos EUA. Foto: AFP.
“Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros: masculino e feminino”, afirma Trump, com o apoio de líderes conservadores.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Donald Trump deu início ao seu novo mandato presidencial na última segunda-feira (20), cumprindo promessas de campanha com ações que reforçam valores conservadores e desmantelam políticas progressistas. Em seu discurso de posse, Trump deixou claro seu compromisso com uma agenda tradicional e meritocrática: “Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros: masculino e feminino.” A declaração reflete sua determinação em reposicionar os Estados Unidos em um caminho que, segundo ele, valoriza a verdade biológica e os princípios fundamentais da sociedade americana.
Fim da ideologia de gênero e combate às divisões raciais
Trump rapidamente assinou ordens executivas para revogar o reconhecimento do gênero “X” em documentos oficiais, como passaportes, voltando a exigir que o gênero registrado seja aquele atribuído no nascimento. Além disso, medidas foram tomadas para encerrar programas federais de diversidade que, de acordo com o presidente, promovem divisões sociais e distorcem os valores tradicionais.
O presidente foi enfático ao declarar sua oposição à “cultura woke” e anunciou o fim de políticas que buscam incorporar questões raciais e de gênero em decisões públicas e privadas. “Esta semana, também porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar uma sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito,” destacou Trump.
Entre as ações mais polêmicas, está a proposta de proibir tratamentos de transição de gênero para menores de idade, tema que gerou intensos debates. Segundo Trump, tais práticas comprometem o bem-estar das crianças e vão contra os valores que ele pretende restaurar no país.
Críticas à diversidade financiada pelo governo
Trump também atacou treinamentos de diversidade promovidos por órgãos como o Departamento do Tesouro, afirmando que essas iniciativas incentivam divisões raciais. Ele destacou que sua gestão buscará unificar o país por meio de um foco no mérito, ao invés de divisões identitárias.
Apoio conservador e repercussão internacional
A nova postura americana despertou apoio entre líderes conservadores, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), presente na posse, celebrou as declarações de Trump: “Restaurar a liberdade de expressão, fim da perseguição política, fim da agenda woke da ideologia de gênero, gestão eficiente do estado, e seu maior legado, ser um ‘peacemaker’. Que discurso!”
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido por sua defesa de valores conservadores, também elogiou o discurso de Trump, descrevendo-o como uma “revolução do senso comum.” Ele destacou a importância da afirmação de Trump sobre gêneros: “Masculino e feminino – Nikole estava certa.”
Bolsonaro ausente na posse, mas mantém aliança com Trump e conservadores dos EUA
Embora convidado por aliados americanos, o ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu à posse devido à retenção de seu passaporte por decisão de Alexandre de Moraes, ministro do STF. Apesar da ausência, a conexão entre Bolsonaro e Trump segue forte, unindo conservadores dos dois países em pautas comuns.
Rumo a uma nova era conservadora
A gestão de Donald Trump marca o início de uma etapa que promete redefinir o papel dos Estados Unidos como referência global em valores tradicionais. “Esses são sexos imutáveis, baseados em uma realidade fundamental e inquestionável,” afirmou um representante da equipe de Trump.
Enquanto progressistas criticam as mudanças, conservadores enxergam na postura de Trump um modelo de liderança. A expectativa é que a nova administração promova debates globais sobre temas essenciais, como liberdade de expressão, meritocracia e identidade de gênero, solidificando o legado de Trump como líder de uma resistência contra as pautas progressistas.
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