Ainda com laudos provisórios, o novo Pacaembu teve uma reinauguração repleta de improvisações: desde o placar até a zona mista reservada à imprensa. O gramado foi criticado pelo presidente Julio Casares, do São Paulo, que classificou a superfície como “ruim e fofa”.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A reinauguração do Pacaembu, agora denominado Mercado Livre Arena Pacaembu, não atendeu às expectativas de dirigentes e jornalistas durante a final da Copinha, onde o São Paulo conquistou o título em cima do Corinthians.
Ainda operando com laudos provisórios, o novo estádio apresentou uma série de improvisações, que vão desde a estrutura do placar até a zona mista destinada à imprensa. O gramado foi alvo de críticas por parte do presidente do São Paulo, Julio Casares, que o descreveu como “ruim e fofa“.
“Fiquei preocupado com alguns aspectos. O gramado estava complicado, os acessos foram novamente um desafio, especialmente para aqueles que ficam nas cadeiras. O placar eletrônico não atendeu ao que esperávamos, com informações limitadas. Isso deve servir como uma lição para a equipe responsável pela concessão. Estamos aqui para colaborar, mas o estado do gramado nos deixou inquietos. Sou contra o sintético, e a qualidade atual é insatisfatória; já tivemos uma lesão hoje. Não estou atribuindo a culpa ao gramado, mas é uma preocupação“, comentou Casares.
As antigas cabines de rádio foram convertidas em camarotes, e os radialistas foram deslocados para a tribuna geral de imprensa. Com algumas alterações, a área destinada à imprensa permanece a mesma, situada entre as arquibancadas e sem uma separação significativa entre jornalistas e torcedores.
Em vez da antiga grade, que era baixa e insegura, a nova configuração trouxe mesas melhores, mas eliminou a proteção. O acesso à área de imprensa ainda ocorre pelas escadas das arquibancadas, e diversas vezes um funcionário precisou orientar torcedores que tentavam entrar na área restrita. Um único fiscal foi designado para essa função, o que é insuficiente para evitar eventuais tumultos, dados os acessos facilitados.
O trajeto da tribuna até a sala de imprensa e a zona mista, que já era ruim, piorou. Os jornalistas ainda precisam descer pelo meio da arquibancada, enfrentando o fluxo de torcedores, e agora devem contornar uma nova estrutura, substituindo o antigo tobogã, para chegar ao seu destino, independentemente das condições climáticas.
A zona mista, improvisada, também não atendeu às expectativas em termos de localização. Nenhum jogador passou pela área destinada à zona mista ao deixar o estádio, como é comum, pois ela foi posicionada em um canto afastado do trajeto dos atletas até o ônibus.
O placar, por sua vez, foi uma solução improvisada. A concessionária instalou três telões de LED no nível do solo, sob o antigo tobogã: um centralizado e dois nas extremidades. Muitos torcedores, acostumados a ver placares altos, não conseguiram localizar o placar no estádio. Além disso, o telão exibia apenas o placar, sem informações sobre o tempo de jogo ou outros dados relevantes.
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