Helicóptero e avião com 64 pessoas colidem em Washington, EUA; socorristas não encontram sobreviventes

Foto: Reprodução.
Colisão fatal sobre o rio Potomac resulta em tragédia, com 64 passageiros e 3 tripulantes do helicóptero mortos; operações de resgate não encontraram sobreviventes.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Na noite da última quarta-feira (29), um trágico acidente aéreo ocorreu sobre o rio Potomac, próximo ao Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, nos Estados Unidos, quando um jato comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar. A colisão resultou na morte de todos os ocupantes das duas aeronaves.

O avião da American Airlines, um modelo CRJ-700, transportava 64 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes. O helicóptero Sikorsky H-60 Black Hawk, pertencente ao Exército dos EUA, carregava 3 soldados que estavam em um voo de treinamento. A aeronave militar decolou de Fort Belvoir, na Virgínia.

As equipes de resgate iniciaram a busca imediatamente após o acidente, que ocorreu por volta das 21h (horário local), com 300 socorristas mobilizados para as operações no rio Potomac. Contudo, após várias horas de busca, o chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donelly, anunciou que não havia sobreviventes. Até o momento, 27 corpos foram retirados do avião e 1 do helicóptero, confirmando o trágico fim para as 67 pessoas a bordo.

Serviços de emergência operam em Gravelly Point, depois de o voo 5342 colidir com um helicóptero enquanto se aproximava do Aeroporto Nacional Reagan Washington. Foto: Elizabeth Frantz.

Este é o pior acidente aéreo em Washington desde o desastre de 1982, quando um avião da Air Florida caiu em uma ponte sobre o Potomac, matando 78 pessoas. No entanto, naquela ocasião, houve 5 sobreviventes.

O avião da American Airlines havia partido de Wichita, Kansas, e estava se aproximando para pousar no Aeroporto Ronald Reagan. Entre os passageiros estavam vários patinadores artísticos, incluindo os campeões Ievgenia Chichkova e Vadim Naumov, que retornavam de um campeonato.

Cerca de duas horas após o acidente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado sobre o acidente e disse estar acompanhando a situação. “Fui totalmente informado sobre o terrível acidente que acabou de ocorrer no Aeroporto Nacional Reagan. Que Deus abençoe suas almas. Agradeço pelo trabalho incrível realizado por nossos socorristas. Estou acompanhando a situação e fornecerei mais detalhes à medida que surgirem”, disse Trump num pronunciamento divulgado pela Casa Branca.

Resgate no Local da queda. Foto: Washington Post.

Investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Pentágono, e a Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA) está colaborando na apuração. Além disso, mergulhadores conseguiram recuperar uma das caixas-pretas do avião, o que deve ajudar a esclarecer os eventos.

As autoridades também destacaram que as condições do rio Potomac naquela noite, com a temperatura da água em 2,2°C, tornavam as chances de sobrevivência extremamente baixas. A água gelada pode causar choque térmico imediato, perda de controle muscular em minutos e hipotermia em menos de meia hora.

O último grande acidente aéreo nos Estados Unidos ocorreu em 2009, quando um voo da Colgan Air caiu em Nova York, matando 50 pessoas.

O Aeroporto Ronald Reagan, que havia interrompido temporariamente suas operações, reabriu sua pista principal às 11h (horário local) de quinta-feira (30).

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