Brasil: FAB intercepta avião com 500 kg de drogas no Amazonas

Aeronave vinda do Peru entrou clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, foi obrigada a pousar e incendiada pelos pilotos antes da fuga.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Na manhã deste domingo (2/2), a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião carregado com aproximadamente 500 kg de drogas no estado do Amazonas. A aeronave, um EMB-810 Seneca, de matrícula PT-RFU, partiu do Peru e entrou de forma clandestina no espaço aéreo brasileiro.

O avião foi detectado pelos radares do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra) e, diante da movimentação suspeita, a FAB mobilizou aeronaves A-29 Super Tucano, E-99 e H-60 Black Hawk para realizar a abordagem.

Ação da FAB e interceptação aérea

Assim que a aeronave foi identificada, os pilotos da FAB iniciaram os protocolos de interceptação. Foram realizados procedimentos de aviso progressivo, que incluem sinais visuais e sonoros, além de tentativas de comunicação via rádio. Como o avião interceptado não respondeu, a FAB determinou um pouso forçado.

O piloto da aeronave ilegal seguiu a ordem e pousou em uma área de mata fechada, cerca de 80 quilômetros de Manaus. No entanto, o avião colidiu com árvores durante a aterrissagem, sofrendo danos significativos.

Pilotos incendeiam o avião e fogem pela mata

Pouco depois do pouso forçado, os ocupantes incendiaram a aeronave e fugiram pela floresta antes que as autoridades chegassem ao local. Segundo a Polícia Federal (PF), as chamas consumiram aproximadamente 500 kg de drogas que estavam a bordo.

Até o momento, os tripulantes não foram localizados, e as buscas seguem em andamento. A PF acredita que os pilotos tenham se embrenhado na mata para tentar escapar das autoridades.

Origem da aeronave e investigações

Dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) indicam que o avião pertence a uma empresa de agronegócios com sede em Brasília. Fabricado em 1980, o EMB-810 Seneca tem capacidade para cinco passageiros e um piloto e estava com a certificação de voo válida até 18 de janeiro de 2026.

As autoridades agora investigam se a empresa proprietária tem envolvimento com o tráfico de drogas ou se a aeronave foi utilizada sem autorização. A Polícia Federal e a FAB seguem apurando os detalhes da operação e buscando identificar os responsáveis pelo transporte da carga ilícita.

Reforço no combate ao tráfico aéreo

Nos últimos anos, o Brasil tem intensificado suas operações contra aeronaves suspeitas de envolvimento no tráfico internacional de drogas. A interceptação desse domingo reforça o compromisso da FAB em proteger o espaço aéreo nacional e coibir atividades ilegais.

A investigação segue em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço das diligências.

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