
Ariel Nunez Figueroa, procurado por sequestro e crime organizado, foi entregue às autoridades mexicanas.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Em mais um avanço no combate ao crime internacional, o governo dos Estados Unidos deportou Ariel Nunez Figueroa, um cidadão mexicano de 30 anos procurado por sequestro e crime organizado. Nunez é suspeito de envolvimento no desaparecimento e assassinato dos 43 estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, um dos casos mais brutais e marcantes da história recente do México.
A operação foi conduzida pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), que removeu Nunez do Centro de Processamento de Montgomery, em Conroe, Texas, e o transportou até o Porto de Entrada da Ponte Juarez-Lincoln, em Laredo, Texas.
No local, ele foi entregue às autoridades mexicanas para responder pelos crimes pelos quais é acusado.
“Por quase onze anos, este fugitivo estrangeiro evitou das autoridades enquanto a família e os amigos daqueles 43 estudantes que foram brutalmente assassinados esperavam pacientemente a justiça para seus entes queridos”, declarou Bret Bradford, diretor do Escritório de Operações de Execução e Remoção do ICE em Houston. “Graças ao trabalho em equipe excepcional do ICE, da Interpol e da Embaixada dos EUA no México, conseguimos rastreá-lo com sucesso e removê-lo para o México para enfrentar a acusação por seus supostos crimes.”
Caçada internacional e captura nos EUA
Ariel Nunez entrou nos Estados Unidos ilegalmente, sem registro oficial de sua data ou local de entrada. Por anos, conseguiu escapar da justiça até que, em 3 de setembro de 2024, a Interpol informou ao ICE que ele poderia estar residindo na região de Houston.
A partir dessa pista, as autoridades iniciaram uma investigação intensiva, que levou à sua captura em 9 de setembro de 2024.
Após sua prisão, Nunez permaneceu sob custódia enquanto seu caso era analisado pelo Escritório Executivo de Revisão de Imigração do Departamento de Justiça dos EUA. Em 22 de janeiro de 2025, um juiz determinou sua remoção para o México, dando fim ao período em que conseguiu se esconder das autoridades.
Combate ao crime transnacional
A extradição de Ariel Nunez Figueroa representa mais um passo no combate à impunidade e ao crime organizado. Casos como o massacre de Ayotzinapa chocaram o mundo e reforçaram a necessidade de cooperação entre os países para garantir que criminosos não encontrem refúgio além das fronteiras.
A colaboração entre o ICE, a Interpol e as autoridades mexicanas demonstra que os esforços para capturar e punir responsáveis por crimes hediondos continuam firmes. A entrega de Nunez à justiça mexicana é um lembrete de que os responsáveis por atrocidades não podem escapar para sempre – mais cedo ou mais tarde, terão que responder por seus atos.
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