Urgência do clima: por que 1,5 °C de aumento faz toda a diferença para a saúde humana

Aquecimento global intensifica doenças, eventos extremos e coloca milhões de vidas em risco.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O aquecimento global está avançando rapidamente, e a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais é considerada essencial para minimizar impactos severos na saúde humana. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mesmo um pequeno aumento além desse limite pode intensificar eventos extremos e colocar milhões de vidas em risco.

O impacto direto na saúde

Com o aumento das temperaturas, há um crescimento significativo em problemas como golpes de calor, doenças respiratórias e cardiovasculares devido ao agravamento da poluição do ar. Além disso, a elevação da temperatura favorece a disseminação de doenças transmitidas por vetores, como dengue e malária, pois aumenta as áreas de reprodução de mosquitos e outros transmissores de doenças tropicais.

O IPCC também alerta que mudanças climáticas podem agravar a insegurança alimentar e hídrica, impactando principalmente populações vulneráveis em regiões áridas e pobres. Com 1,5°C de aquecimento, o número de pessoas expostas ao estresse hídrico poderia ser reduzido em até 50% em comparação com um cenário de 2°C de aumento. Isso significa menos risco de fome, doenças relacionadas à desnutrição e deslocamento forçado por falta de recursos naturais.

Eventos extremos e catástrofes climáticas

O relatório do IPCC destaca que, com o aumento da temperatura global:

  • Ondas de calor serão mais frequentes e intensas, causando mortes e hospitalizações.
  • Incêndios florestais aumentarão, liberando grandes quantidades de poluentes e agravando doenças respiratórias.
  • Enchentes e tempestades mais severas colocarão comunidades em risco, prejudicando a infraestrutura de saúde e aumentando casos de infecções e doenças pós-desastre.

Além disso, o derretimento do gelo e o aumento do nível do mar ameaçam cidades costeiras, podendo causar migrações em massa e crises humanitárias, afetando diretamente a saúde mental e o bem-estar das populações deslocadas.

Ações urgentes para conter o aquecimento

Para limitar o aquecimento a 1,5°C, os especialistas recomendam:

  • Redução drástica das emissões de CO₂, com transição para energias limpas.
  • Descarbonização do transporte, com investimento em transportes públicos elétricos e redução do uso de combustíveis fósseis.
  • Mudanças no uso da terra, priorizando reflorestamento e práticas agrícolas sustentáveis.
  • Eficiência energética, com melhorias em edifícios e indústrias para diminuir o consumo de energia.

A ciência é clara: cada fração de grau importa. A humanidade ainda tem o poder de evitar cenários catastróficos, mas a ação precisa ser imediata e em escala global.

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