Mais de R$ 700 mil já foram arrecadados para o homem de 32 anos que passou mais de duas décadas em cativeiro na casa da madrasta, nos EUA.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Mais de US$ 117 mil (aproximadamente R$ 700 mil) já foram arrecadados para um homem de 32 anos que passou mais de 20 anos em cativeiro na casa da madrasta, em Connecticut, nos Estados Unidos.
A arrecadação, promovida pela Safe Haven of Greater Waterbury, uma organização sem fins lucrativos, tem como objetivo fornecer apoio à vítima, que enfrentou um sofrimento inimaginável. Até o momento, mais de 2.000 pessoas já contribuíram.
Os fundos arrecadados irão cobrir despesas com cuidados médicos e odontológicos, além de terapia e aconselhamento para auxiliar na recuperação emocional e física. Também serão utilizados para despesas de moradia e subsistência, assim como honorários advocatícios para que ele possa buscar justiça em relação aos abusos que sofreu.
“Ao contribuir, independentemente do valor, você estará ajudando este sobrevivente a se curar, recomeçar sua vida e encontrar a paz”, destaca a página da campanha.
O caso
A identidade da vítima não foi divulgada publicamente, mas ele relatou às autoridades que havia passado as últimas duas décadas confinado em um espaço de armazenamento de 2,7m por 2,4m, onde foi privado de comida e água.
De acordo com um comunicado do departamento de polícia de Waterbury, em 17 de fevereiro de 2025, a equipe respondeu a um chamado de incêndio em uma residência. Dentro da casa estavam Kimberly Sullivan, 56 anos, a proprietária, e o homem de 32 anos, que foi posteriormente identificado como seu enteado.
Kimberly conseguiu sair da casa em segurança, enquanto o homem foi resgatado pelos bombeiros e levado a cuidados médicos devido a inalação de fumaça e exposição ao fogo. Durante o atendimento, ele confessou aos socorristas que havia ateado fogo em seu quarto, afirmando: “Eu queria minha liberdade”. Ele também revelou que estava em cativeiro sob os cuidados de Sullivan desde os 11 anos.
Após suas declarações, a polícia iniciou uma investigação que confirmou que ele recebia apenas quantidades mínimas de comida e água, além de não ter recebido cuidados médicos ao longo de todo esse tempo. Quando foi encontrado, ele tinha 1,75m de altura e pesava somente 31kg.
A madrasta foi presa e acusada de sequestro e crueldade. Ela nega as acusações, alegando que o pai biológico da vítima, falecido em janeiro de 2024, tinha controle sobre sua criação.
LEIA TAMBÉM:
Faça um comentário