Heathrow, em Londres, retoma operações após incêndio que paralisou o aeroporto

Interrupção afetou milhares de passageiros, provocou cancelamentos e levantou dúvidas sobre a segurança da infraestrutura do aeroporto. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O Aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa e o quinto maior do mundo, enfrentou um colapso operacional nesta sexta-feira (21) após um incêndio em uma subestação elétrica cortar o fornecimento de energia. A falha forçou o fechamento do terminal por várias horas, causando desvios de voos, congestionamento aéreo e transtornos para milhares de passageiros.

Neste sábado (22), Heathrow anunciou que voltou a operar totalmente, mas os impactos da interrupção ainda são sentidos no setor aéreo, com muitas companhias lutando para reorganizar voos e realocar passageiros.

Caos para os passageiros: filas, hotéis lotados e incerteza

O fechamento do aeroporto levou milhares de passageiros a enfrentarem dificuldades para conseguir realocação em novos voos e encontrar acomodações.

Com a alta demanda por hospedagem, hotéis próximos ao aeroporto elevaram drasticamente os preços, chegando a 500 libras (US$ 645) por noite, cinco vezes acima do valor normal.

Além disso, especialistas alertaram que passageiros forçados a pousar em aeroportos europeus podem ter que permanecer em salas de trânsito caso não possuam documentação para entrar no país.

Reação das companhias aéreas e impacto financeiro

O setor de aviação, que já enfrentava desafios logísticos devido ao aumento da demanda pós-pandemia, sofreu um impacto financeiro significativo. Companhias como British Airways, Virgin Atlantic, American Airlines, Delta, Air Canada, Air India e United Airlines tiveram voos cancelados ou desviados.

A British Airways declarou que a paralisação terá um “enorme impacto” nos passageiros nos próximos dias, enquanto a Virgin Atlantic afirmou que tentará operar uma programação “quase completa” neste sábado, embora a situação ainda seja instável.

A crise também afetou o mercado financeiro, com ações de várias companhias aéreas registrando queda na sexta-feira.

Falha na infraestrutura e questionamentos sobre segurança

A interrupção em Heathrow gerou críticas sobre a resiliência da infraestrutura do aeroporto.

Willie Walsh, diretor-geral da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e ex-chefe da British Airways, classificou o incidente como “uma clara falha de planejamento”, questionando como um aeroporto tão importante pode ter sua operação interrompida por um único problema elétrico.

O CEO de Heathrow, Thomas Woldbye, afirmou que o aeroporto não tem “responsabilidades diretas” para lidar com incidentes desse tipo, mas garantiu que há “procedimentos em vigor” para minimizar impactos.

Investigação e próximos passos

A polícia britânica informou que, após uma avaliação inicial, não considera o incêndio suspeito, mas as investigações continuam. O Corpo de Bombeiros de Londres está focado em analisar possíveis falhas no equipamento de distribuição elétrica da subestação.

Nos últimos anos, Heathrow e outros grandes aeroportos de Londres sofreram diversas interrupções operacionais. Em 2023, o aeroporto foi atingido por uma falha no portão automatizado e um colapso no sistema de tráfego aéreo, reforçando preocupações sobre sua infraestrutura.

Apesar do retorno à operação, especialistas alertam que o impacto da interrupção pode ser sentido nos próximos dias, com atrasos e remanejamentos de passageiros ainda em andamento.

O incêndio em Heathrow expôs a vulnerabilidade de um dos aeroportos mais movimentados do mundo, afetando passageiros, companhias aéreas e o setor de turismo. A falha no sistema elétrico levanta questionamentos sobre a necessidade de infraestrutura mais robusta e medidas preventivas para evitar novos colapsos.

Enquanto Heathrow retoma suas operações, milhares de passageiros ainda enfrentam incertezas sobre seus voos, e as empresas aéreas trabalham para reorganizar cronogramas e reduzir o impacto financeiro da crise.

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