Operação Pérola levou à repatriação da criança após investigações comprovarem falsificação de documentos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) do Brasil concluiu, nesta segunda-feira (24 de março), a Operação Pérola, que resultou na repatriação de um bebê brasileiro que havia sido levado para Portugal em 2023, logo após o nascimento, como vítima de tráfico humano.
O resgate da criança foi possível graças a uma ação conjunta entre a PF brasileira e a Polícia Judiciária de Portugal, com apoio do Ministério Público Federal (MPF).
Como o caso foi descoberto
A investigação teve início após a Delegacia da PF em Campinas (SP) ser acionada pela Promotoria de Justiça de Valinhos, no interior paulista. As autoridades apuraram que a criança havia sido levada ilegalmente para Portugal, onde foi encontrada na região de Porto.
Segundo a nota da PF, o bebê foi identificado e encaminhado à Assistência Social portuguesa, que o colocou sob os cuidados de uma família acolhedora no país. No entanto, as investigações revelaram que os registros da criança haviam sido falsificados, alterando sua nacionalidade e naturalidade, para que parecesse portuguesa.
Após a confirmação da verdadeira identidade, o MPF em Campinas coordenou o processo de repatriação. Agentes da Polícia Federal do Brasil foram enviados a Portugal para trazer a criança de volta ao país.
Retorno ao Brasil e apoio à criança
Atualmente com um ano e quatro meses, o bebê está sob os cuidados de uma instituição brasileira, que acompanha sua adaptação e bem-estar.
As famílias acolhedoras de Portugal e do Brasil permanecem em contato, compartilhando informações sobre a criança. De acordo com a PF, o vínculo criado ao longo do período será respeitado, garantindo um ambiente seguro para seu desenvolvimento.
Protocolo de Palermo e combate ao tráfico humano
O processo de repatriação seguiu as diretrizes do Protocolo de Palermo, de 2004, que estabelece normas internacionais para o combate ao tráfico de pessoas.
A Operação Pérola reforça o compromisso das autoridades brasileiras em enfrentar crimes transnacionais, protegendo vítimas e desarticulando redes de tráfico humano.
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