PGR solicita arquivamento do caso do cartão de vacina de Bolsonaro por falta de provas

Paulo Gonet destaca ausência de provas e afirma que não há justificativas para responsabilizar ex-presidente

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu, na última quinta-feira (27), que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive a investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que não há elementos suficientes para sustentar a acusação de que Bolsonaro teria solicitado a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Gonet declarou:

“Diante da ausência de elementos que justifiquem a responsabilização de Jair Messias Bolsonaro e Gutemberg Reis de Oliveira pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações, promovo o arquivamento do inquérito no que tange a esses dois investigados”.

O pedido de arquivamento surge após a investigação da Polícia Federal apontar que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, teria inserido dados falsificados sobre a vacinação contra a Covid-19 no sistema do SUS. Cid, em depoimento à PF, havia afirmado que agiu a pedido do ex-presidente. Contudo, a delação de Cid não foi corroborada por provas adicionais, o que levou a PGR a concluir pela ausência de indícios contra Bolsonaro.

Além disso, o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), citado por Cid como um dos envolvidos na fraude, também teve seu nome citado na manifestação de Gonet. Contudo, o procurador afirmou que há elementos que provam que Reis realmente se vacinou, como publicações em suas redes sociais incentivando a imunização, o que, segundo Gonet, descaracteriza qualquer possível benefício ilícito.

Em 2024, a Polícia Federal havia indiciado Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação no contexto da investigação que apura a fraude em certificados de vacinação. A Operação Venire revelou que, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, registros falsificados de vacinação foram feitos no SUS, incluindo o nome de Bolsonaro e de sua filha, Laura Bolsonaro. No entanto, a decisão da PGR de pedir o arquivamento da investigação reflete a falta de provas conclusivas sobre a participação do ex-presidente, enfraquecendo assim a acusação.

Com o pedido de arquivamento da PGR, a defesa de Bolsonaro agora vê o caso como uma prova de que as acusações não têm fundamento, destacando que o ex-presidente nunca esteve envolvido em qualquer prática criminosa relacionada à fraude nos dados de vacinação.

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