
Condenada a 11 anos de prisão, Vildete Guardia está há cinco meses em cadeira de rodas dentro de penitenciária em São Paulo.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Privada da liberdade desde junho de 2024, Vildete Guardia, uma senhora de 74 anos, vive sua rotina entre as paredes da Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo. Ela enfrenta a pena em uma cadeira de rodas, em meio a um cenário que desafia seus limites físicos e expõe um sistema que ignora condições humanitárias mínimas.
De acordo com relatos de sua filha, Paula Guardia, a idosa vem lidando com uma série de comorbidades que comprometem seriamente sua mobilidade. “Ela possui um problema na coluna chamado paraparesia (enfermidade que afeta as pernas e dificulta andar), além de neuroma de Morton e fascite plantar em ambos pés, que causam muita dor”, explicou.
A situação da dona de casa não é recente. Antes mesmo da condenação, seu estado de saúde já inspirava cuidados. “No ano passado, ela tirou um tumor do intestino”, revelou Paula, destacando que o agravamento clínico ocorreu de forma progressiva após a detenção.
Apesar dos alertas feitos pela defesa sobre a gravidade do quadro médico, os pedidos de prisão domiciliar têm sido reiteradamente negados pelo Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro deste ano, o advogado responsável chegou a informar ao tribunal que o estado da idosa era “gravíssimo”.
Vildete foi levada para a prisão quando ainda havia recursos pendentes, o que provocou questionamentos sobre a legalidade do procedimento. Mesmo assim, a ordem de prisão foi cumprida, e desde então, a idosa convive com dores intensas e dificuldades constantes para realizar tarefas básicas.
Enquanto cumpre uma pena de 11 anos, a realidade de Vildete dentro do sistema prisional se torna mais dura a cada dia. Seu caso reacende o debate sobre o respeito à dignidade de idosos e pessoas enfermas que não representam perigo à sociedade, mas continuam sendo tratados com rigidez desproporcional.
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