
Estudos apontam que a falta de atividade física entre adolescentes pode desencadear problemas de saúde imediatos e crônicos, afetando desde o bem-estar psicológico até o funcionamento cardíaco.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 80% dos adolescentes entre 11 e 17 anos não praticam atividade física suficiente, com destaque para o Brasil, onde 84% dos jovens são considerados inativos fisicamente. A situação é ainda mais crítica entre as meninas, com 85% delas não atingindo os níveis recomendados de atividade física.
Impactos na saúde mental
Um estudo publicado no Journal of Adolescent Health analisou dados de 3.675 adolescentes e constatou que aqueles que passavam mais de três horas diárias em atividades sedentárias, como uso de telas para lazer, apresentavam maior risco de desenvolver sofrimento psicológico, incluindo sintomas de ansiedade e depressão. Por outro lado, o tempo moderado de exposição a telas para atividades educacionais foi associado a menor sofrimento mental.
Consequências cardiovasculares a longo prazo
Pesquisas indicam que o comportamento sedentário na infância e adolescência está associado a alterações estruturais no coração, como a hipertrofia ventricular esquerda, aumentando o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Além disso, o sedentarismo contribui para o desenvolvimento de síndrome metabólica, caracterizada por obesidade abdominal, hipertensão e alterações nos níveis de glicose e lipídios, elevando o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
Estratégias para ocmbater o sedentarismo
Especialistas recomendam:
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Incentivar a prática de atividades físicas: Adolescentes devem realizar pelo menos 60 minutos diários de atividade física moderada a vigorosa.
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Limitar o tempo de tela para lazer: Reduzir o uso de dispositivos eletrônicos para entretenimento a menos de três horas por dia.
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Promover atividades sociais presenciais: Estimular interações sociais fora do ambiente virtual para melhorar o bem-estar psicológico.
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Envolver a família: Pais e responsáveis devem servir de exemplo, adotando um estilo de vida ativo e saudável.
O sedentarismo na adolescência é um problema de saúde pública que requer atenção urgente. Se não for combatido, pode levar a consequências graves tanto físicas quanto mentais, impactando a qualidade de vida dos jovens no presente e no futuro. A adoção de hábitos saudáveis desde cedo é essencial para garantir o desenvolvimento pleno e a saúde dos adolescentes.
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