
Geisa de Cássia Tenório Silva recebeu o alimento enviado por uma pessoa anônima, por meio de um entregador de moto.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está investigando a morte de uma bebê de oito meses e a internação de uma mulher de 50 anos, ambos os casos possivelmente ligados ao consumo de um açaí com granola entregue de forma anônima em Natal (RN). O episódio ocorreu na semana passada, mas só veio a público na noite desta terça-feira (23).
Segundo relatos da família, Geisa de Cássia Tenório Silva recebeu o alimento por meio de um motoboy, sem identificação do remetente. Após consumir o açaí, ela compartilhou a granola com a bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, filha de sua prima. Pouco tempo depois, ambas passaram mal. Yohana não resistiu e faleceu dentro da ambulância, a caminho da UPA de Cidade da Esperança. Geisa foi atendida, recebeu alta, mas voltou a passar mal dois dias depois, após receber e consumir um novo açaí semelhante. Desde então, permanece internada em estado grave na UTI do Hospital Regional de Macaíba.
O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) está analisando amostras do alimento e do sangue das vítimas. A necropsia da criança ainda não foi realizada, o que impede a confirmação oficial da causa da morte. A expectativa é que os laudos fiquem prontos no início da próxima semana.
O histórico de entregas anônimas à residência de Geisa, no bairro Felipe Camarão, também chamou a atenção dos investigadores. De acordo com familiares, nos dias anteriores ao ocorrido, ela recebeu outros itens, como um urso de pelúcia e chocolates, também entregues por motoboys e sem remetente identificado. Esses episódios aumentam a suspeita de que os produtos possam ter sido envenenados.
Após a segunda crise de saúde, os médicos levantaram a hipótese de intoxicação e recomendaram que a família acionasse a polícia. A investigação segue em andamento, com testemunhas sendo ouvidas e perícias em curso. Em nota, a Polícia Civil declarou: “Existe a possibilidade de envenenamento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada.”
A família aguarda respostas enquanto clama por justiça.
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