Brasil: Polícia Federal estoura fábrica clandestina de cigarros e resgata trabalhadores em situação de escravidão

Cinco suspeitos foram presos e estrutura industrial de grande porte foi desmantelada durante operação conjunta nesta segunda-feira.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Na manhã desta segunda-feira, 12 de maio de 2025, uma operação conjunta foi realizada pela Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público Federal (MPF), através do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com o objetivo de desmantelar uma fábrica clandestina de cigarros no estado do Rio de Janeiro.

Durante a ação, as equipes localizaram uma fábrica de cigarros paraguaios falsificados, operando de forma ilegal e com grande capacidade de produção. No local, cinco homens foram presos em flagrante, suspeitos de atuar como gerentes e supervisores da atividade criminosa.

O que mais chamou a atenção das autoridades foi a condição dos trabalhadores encontrados na fábrica. Vinte e dois cidadãos paraguaios estavam sendo mantidos em situação análoga à escravidão, submetidos a jornadas abusivas, alojados em ambientes insalubres e impedidos de deixar o local. Todos foram resgatados durante a operação, que revelou a gravidade das violações aos direitos humanos.

A fábrica clandestina possuía um esquema de produção e distribuição de cigarros que abastecia ilegalmente diversos pontos do estado do Rio de Janeiro. Máquinas industriais, equipamentos de embalagem e grandes quantidades de insumos foram apreendidos no local.

Após os procedimentos de praxe, os presos e os trabalhadores resgatados foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde foram realizados os autos de prisão em flagrante e demais providências legais. Os materiais e equipamentos recolhidos durante a operação foram levados ao Depósito da Receita Federal, onde serão periciados.

A Polícia Federal informou que as investigações continuam e novas prisões podem ocorrer. O caso reforça a gravidade do tráfico de produtos contrabandeados e das redes de exploração de mão de obra clandestina no Brasil.

O resgate dos 22 trabalhadores e o desmantelamento da fábrica expõem a atuação de organizações criminosas que, além de praticar contrabando, violam direitos fundamentais em território nacional.

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