
Ministro da Saúde anunciou a criação da Coalizão Global, com foco inicial no combate à dengue e no fortalecimento da produção de vacinas e remédios em países em desenvolvimento.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Nesta terça-feira (20/05), durante a Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou oficialmente a criação da Coalizão Global para Produção Local e Regional em Saúde. A iniciativa tem como objetivo ampliar a capacidade de produção de vacinas, tratamentos e diagnósticos em países que mais precisam — e o primeiro projeto da coalizão será voltado para o combate à dengue.
Segundo Padilha, essa é uma resposta concreta às desigualdades no acesso à saúde. Com o apoio de países como Brasil, França, Reino Unido, União Europeia, Alemanha, Turquia, Indonésia e África do Sul, a coalizão foi formalizada por meio da Carta de Genebra, documento que marca a presidência brasileira no G20 na área da saúde.
“A dengue é uma doença que afeta principalmente países tropicais, como o Brasil. Com as mudanças climáticas, ela está se espalhando para novas regiões. O projeto-piloto da Coalizão vai buscar tratamentos inovadores e ampliar o acesso a tecnologias em saúde”, explicou o ministro.
O que é a Coalizão Global?
A Coalizão Global é uma nova aliança entre países, criada para:
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Fortalecer a produção local de vacinas, medicamentos e testes;
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Promover o acesso justo a tecnologias de saúde, principalmente em regiões mais vulneráveis;
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Apoiar o desenvolvimento de soluções para doenças negligenciadas, como a dengue.
Ela funcionará por meio de parcerias voluntárias e projetos práticos, envolvendo países do G20, convidados e organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi formalmente convidada a dar suporte técnico e científico.
Brasil assume a liderança
Nos dois primeiros anos, o Brasil será o líder da coalizão, cuidando tanto da presidência quanto da coordenação das ações. A responsabilidade será do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTICS), que vai trabalhar em conjunto com parceiros nacionais e internacionais.
A secretária da SECTICS, Fernanda De Negri, destacou que o foco da Coalizão é combinar produção, transferência de tecnologia e atendimento às reais necessidades da população:
“Queremos garantir que as pessoas, principalmente as que vivem em situação de maior vulnerabilidade, tenham acesso a vacinas, remédios e outros tratamentos de forma mais rápida e justa”, disse.
Um modelo para o futuro
A Coalizão também poderá ser adaptada no futuro para combater outras doenças ou responder a novas emergências sanitárias, como pandemias. O modelo busca colaboração internacional, evita desperdícios e fortalece os sistemas de saúde, especialmente nos países com menos recursos.
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