O projeto segue agora para o Senado, onde os republicanos esperam aprová-lo até 4 de julho, considerando que o partido tem maioria na casa.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um abrangente projeto de lei sobre impostos e gastos, que destina cerca de US$ 150 bilhões para a aplicação da lei da imigração no governo Trump. O valor sem precedentes permitirá que a gestão federal cumpra a meta de bloquear a fronteira entre os Estados Unidos e o México e faça deportações em massa.
O projeto fornece fundos para a contratação de 10 mil novos agentes de fiscalização de imigração e US$ 46,5 bilhões para um muro na extensão da fronteira entre os EUA e o México. Em contrapartida, impõe novas taxas para proteções humanitárias, como pedidos de asilo.
A proposta é equivalente a um superfinanciamento da fiscalização de imigração, podendo equipar o governo com ferramentas para aumentar as deportações e prisões. Após a aprovação, o texto foi elogiado pelo presidente do comitê de segurança interna da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mark Green, dizendo que a legislação pode “proteger as fronteiras de nossa nação para as próximas gerações”.
Depois de passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, o projeto agora segue para o Senado dos EUA, onde os republicanos esperam aprová-lo até o dia 4 de julho, considerando que o partido controla a casa por uma margem de 53 a 47.
Número de imigrantes cruzando a fronteira caiu
Após Donald Trump assumir a presidência para um segundo mandato, o número de imigrantes ilegais cruzando a fronteira entre os Estados Unidos e México atingiu níveis recordes de baixa este ano. Mesmo assim, o governo deseja intensificar a fiscalização para reduzir ainda mais a entrada ilegal de pessoas no país.
Deportações
Esta semana, o responsável pelas fronteiras do Canadá e do México no governo Trump, Tom Homan, deportou cerca de 200 mil imigrantes irregulares em quatro meses. O número ainda é inferior ao mesmo período no governo Biden, que fez 257 mil deportações entre os meses de fevereiro a maio de 2024.
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