Lula enfrenta derrota em segundo turno contra Bolsonaro, Tarcísio e Michelle, aponta pesquisa AtlasIntel

Pesquisa indica vantagem da direita em cenários de 2026, com ex-primeira-dama liderando como maior desafio ao petista.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Um novo levantamento da AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, divulgado nesta sexta-feira (30), reforça o enfraquecimento político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e evidencia o vigor da direita brasileira. A pesquisa, realizada entre os dias 19 e 23 de maio de 2025 com 4.399 entrevistados, mostra que Lula seria derrotado em um eventual segundo turno por três nomes ligados ao campo conservador: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

O resultado confirma que, apesar da inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro continua sendo o principal nome da oposição e mantém força expressiva junto ao eleitorado. Em um possível duelo direto com Lula, Bolsonaro aparece com 47,5% das intenções de voto, enquanto o atual presidente registra 45,5%. Trata-se de um empate técnico, mas com leve vantagem do ex-chefe do Executivo.

“Isso mostra que mesmo fora da disputa formal, Bolsonaro continua liderando a preferência popular. A população ainda se identifica com seus valores e legado”, avalia um analista político próximo à base conservadora.

Outro dado relevante do estudo é a performance do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que já desponta como um dos principais nomes da nova direita brasileira. O ex-ministro da Infraestrutura superaria Lula com 48,9% contra 45,1%, evidenciando o potencial eleitoral de quem tem combinado gestão técnica com alinhamento aos princípios do bolsonarismo.

Já Michelle Bolsonaro, que vem se consolidando como uma voz feminina forte e conservadora, aparece como a principal adversária de Lula. A ex-primeira-dama venceria o petista com 49,8% contra 45,3%, apresentando a menor taxa de brancos, nulos ou indecisos entre os cenários simulados: apenas 4,9%. O resultado reforça sua crescente popularidade e aceitação no eleitorado cristão e conservador.

“A Michelle é uma figura que representa os valores da família, da fé e da honestidade. É natural que ela ganhe força num momento em que os brasileiros buscam um novo tipo de liderança”, afirmou um simpatizante bolsonarista ouvido pela reportagem.

Em cenários com nomes mais moderados ou menos ligados diretamente ao bolsonarismo, Lula ainda vence. Ele aparece à frente de Eduardo Leite (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo), o que mostra que o presidente ainda mantém base sólida entre seus eleitores tradicionais — mas encontra dificuldades frente a adversários mais alinhados com a nova direita.

A pesquisa, conduzida por meio da metodologia Atlas RDR (recrutamento digital aleatório), tem margem de erro de um ponto percentual e grau de confiança de 95%. Os dados mostram que, mesmo sem Bolsonaro na disputa formal, seu capital político se mantém vivo e pulsante, refletido em figuras como Tarcísio e Michelle.

Faltando pouco mais de um ano para o início oficial da corrida eleitoral, o levantamento sugere que a disputa de 2026 será dura para Lula — e que o bolsonarismo, longe de recuar, permanece como força dominante no imaginário político nacional.

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