Novo projeto rodoviário ambicioso promete criar um túnel debaixo do mar que deve mudar o mapa de viagens pela Europa; confira!
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na Europa, um ambicioso projeto de infraestrutura vem chamando atenção nos últimos anos: a construção do que será o túnel imerso mais longo do mundo. Com 18 quilômetros de extensão, a nova ligação subaquática vai conectar a ilha dinamarquesa de Lolland à região de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha, encurtando em cerca de 160 quilômetros o trajeto de trens e automóveis entre os dois países — uma transformação significativa no mapa da mobilidade europeia.
Batizado de Túnel do Estreito de Fehmarn, o megaprojeto é uma iniciativa da União Europeia com o objetivo de acelerar o transporte terrestre no continente e reduzir a dependência de voos regionais. “É uma obra estratégica que vai unir o norte ao sul da Europa”, declarou o ministro dos Transportes da Dinamarca, Thomas Danielsen.
As obras começaram em 2020 no lado dinamarquês e, um ano depois, também na Alemanha. Atualmente, algumas seções já estão finalizadas, aguardando apenas o momento de serem posicionadas no fundo do Mar Báltico.
A previsão inicial era concluir a construção até 2029, mas o projeto enfrenta atrasos. Com um orçamento estimado em 7,5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 48,4 bilhões), o túnel é financiado pela Dinamarca, que arca integralmente com os custos da obra.
Uma façanha da engenharia moderna
Embora o Eurotúnel, que liga a França ao Reino Unido, ainda detenha o título de túnel subaquático mais longo do mundo com 37,9 km, o Túnel de Fehmarn será o maior do tipo imerso já construído.
A diferença está no método de construção: enquanto o Eurotúnel foi escavado sob o leito do mar, o Túnel de Fehmarn está sendo montado a partir de seções de concreto pré-moldadas em terra firme. Essas estruturas serão transportadas e encaixadas no fundo do mar, a cerca de 12 metros de profundidade.
“O túnel foi projetado com paredes capazes de resistir a impactos de trens e veículos em alta velocidade, garantindo total segurança”, explicou Gerhard Cordes, gerente do projeto. As seções serão conectadas por cilindros hidráulicos e vedadas com borracha para evitar infiltrações.
O projeto se tornou o maior canteiro de obras da Europa atualmente. Ele envolve o uso da maior draga do mundo e da maior usina de concreto já operada. Segundo a Femern A/S, empresa responsável pela execução, será necessário usar uma quantidade de aço equivalente à construção de 50 Torres Eiffel.
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