
Operação “Proa Clandestina” cumpre mandados em quatro estados e mira grupo envolvido na logística aérea do narcotráfico na região de fronteira com Bolívia e Paraguai.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (6) a Operação Proa Clandestina, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no roubo de aeronaves utilizadas no tráfico internacional de drogas. O grupo também é investigado por envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
As ações da PF ocorrem simultaneamente em sete cidades de quatro estados brasileiros, com o cumprimento de 4 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. As diligências acontecem em Sinop, Matupá, Guarantã do Norte e Nova Ubiratã (MT), além de Palmas e Porto Nacional (TO) e Dourados (MS).
Aviões roubados estavam sob custódia judicial
A investigação teve início após um episódio ocorrido em fevereiro de 2024, quando um avião foi roubado e outro danificado em um aeroporto particular no município de Nova Ubiratã (MT). O detalhe que chamou a atenção das autoridades é que ambas as aeronaves estavam sob guarda judicial, por terem sido apreendidas em uma operação da própria PF, realizada em março de 2022, no combate ao tráfico de drogas.
As aeronaves estavam prestes a serem leiloadas pela Justiça quando foram alvo da ação criminosa.
Tráfico aéreo com rota internacional
De acordo com os investigadores, o grupo criminoso possuía uma estrutura operacional voltada à preparação e manutenção de aviões destinados ao transporte de entorpecentes, sobretudo cocaína, para países vizinhos, como Bolívia e Paraguai. A base logística da quadrilha funcionava principalmente em regiões de fronteira, facilitando o envio da droga para o exterior.
Além dos mandados de prisão e busca, a Justiça autorizou medidas patrimoniais contra os investigados, incluindo bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis, e arresto de valores, totalizando até R$ 4,2 milhões.
Continuidade das investigações
As diligências seguem em andamento para localizar outros envolvidos, mapear a origem dos recursos utilizados pela organização e identificar os destinos das aeronaves roubadas. A Polícia Federal não descarta novas fases da operação nos próximos meses, especialmente nas regiões de fronteira e nos estados investigados.
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