Piloto de Pablo Escobar quebra silêncio após décadas e revela bastidores do cartel

Em entrevista ao podcast Cocaine Air, TJ contou detalhes de sua vida no tráfico internacional — e revelou a quantia que chegou a receber por mês.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Tirso “TJ” Dominguez, hoje com 73 anos, foi o principal piloto do cartel de Pablo Escobar. Após décadas em silêncio, ele concedeu sua primeira entrevista desde a prisão, ao podcast Cocaine Air, em conteúdo revelado.

Na conversa, TJ revelou detalhes impressionantes sobre sua trajetória no narcotráfico internacional. Segundo ele, chegou a receber até US$ 20 milhões por mês (equivalente a R$ 111 milhões hoje) para transportar cocaína em aviões particulares a serviço direto de Escobar.

Sua história no crime começou no fim dos anos 1970, após a morte do pai. Para manter a construção de uma usina de açúcar no Haiti, acabou entrando no contrabando de maconha, transportando cargas da Colômbia e das Bahamas para os Estados Unidos.

A entrada no tráfico de cocaína foi acidental: após errar uma entrega, foi sequestrado e aceitou quitar a dívida fazendo um voo com cocaína. Recebeu US$ 1 milhão — e nunca mais saiu do esquema. “Nunca quis mexer com cocaína. Fui empurrado por um golpe”, contou.

O sucesso como piloto transformou TJ em um dos maiores operadores do cartel. Ele controlava uma frota de 30 aviões e levava uma vida de luxo: acumulou 30 Lamborghinis, barcos, uma empresa de aviação, uma concessionária de carros exóticos, mansões e até um conjunto habitacional.

“De dia, eu era dono da maior concessionária de Lamborghinis do mundo. De noite, transportava toneladas de cocaína para Pablo Escobar”, resumiu.

Com o tempo, passou a ser pago em drogas, que revendia por conta própria. Isso o transformou em empresário do tráfico, lavando dinheiro e multiplicando os lucros.

Mas o império ruiu em 1988, quando foi preso na Flórida em uma operação com helicópteros e armas pesadas. TJ foi acusado de transportar mais de cinco toneladas de drogas e teve carros de luxo, aviões e imóveis apreendidos.

Condenado, passou 12 anos preso — dois deles em confinamento solitário após tentar planejar uma fuga de helicóptero.

Hoje, diz ter pago por seus crimes e quer recomeçar como empreendedor legal. “Não romantizo o passado. Mas agora quero uma nova vida”, declarou no podcast.

 

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