Possível sequestrador da menina britânica de 6 anos, Christian Brueckner estava preso na Alemanha e deve cumprir sentença fora da prisão.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Christian Brueckner, principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann, poderá ser libertado da prisão em breve após um doador anônimo quitar uma multa de € 1.446 (cerca de R$ 10,8 mil).
Brueckner, de 48 anos, cumpre pena de sete anos de prisão na Alemanha pelo estupro de uma mulher americana de 72 anos, ocorrido em 2005 na Praia da Luz — o mesmo local em Portugal onde Madeleine desapareceu dois anos depois, em 2007.
Caso a multa não fosse paga, ele teria que permanecer preso por mais 56 dias além da pena atual, o que daria às autoridades tempo extra para reunir novas provas e tentar apresentar denúncias relacionadas ao caso McCann. Agora, sua libertação está prevista para 17 de setembro.
Segundo seu advogado, Dr. Friedrich Fülscher, Brueckner pretende se mudar para a ilha de Sylt, no norte da Alemanha — região onde já teve condenações por tráfico de drogas. As autoridades, no entanto, temem que ele fuja do país, o que poderia comprometer um possível julgamento futuro.
Caso ainda em aberto
Desde 2020, Brueckner é investigado pela polícia alemã como o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann. Ele nega qualquer envolvimento.
Em outubro passado, foi absolvido de outras acusações de agressão sexual ocorridas no Algarve. Na época, seu então advogado chegou a afirmar que, ao sair da prisão, ele provavelmente deixaria a Alemanha.
A quitação da multa vem à tona poucas semanas após novas buscas em áreas ligadas ao passado do suspeito em Portugal. Durante uma dessas operações, duas armas enterradas foram encontradas próximas a uma antiga residência de Brueckner. Em outra varredura, feita na Trilha do Pescador, entre a Praia da Luz e Lagos, apenas ossos de animais e roupas foram recolhidos — materiais que seguem sob análise.
Em 2023, buscas na Represa do Arade — apelidada por ele de “pequeno paraíso” — não trouxeram avanços. Preso, Brueckner chegou a ironizar a investigação e questionar a ausência de provas concretas contra ele.
Ainda assim, autoridades mantêm o foco sobre seu histórico: em imóveis ligados ao suspeito, foram encontrados itens como roupas infantis, brinquedos e um disco rígido com conteúdo comprometedor. Um documento de seguro também reforça o relato de um informante, que alega ter ouvido a confissão do crime por parte de Brueckner na Espanha, em 2008.
Apesar da falta de provas definitivas, os investigadores continuam convictos de que Madeleine está morta — e que Christian Brueckner permanece no centro do caso.
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