
Medida busca reduzir filas e ampliar acesso a consultas e exames especializados, utilizando serviços da rede privada para fortalecer o SUS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha, confirmaram uma entrevista coletiva para esta terça-feira, 24 de junho, entre 14h e 15h, no auditório do Ministério da Saúde, em Brasília, para detalhar o novo programa que permitirá a troca de dívidas por atendimento especializado via SUS.
Como funciona o programa “Agora Tem Especialistas”
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Credenciamento de hospitais privados e filantrópicos:
Instituições com dívidas tributárias poderão oferecer consultas, exames e cirurgias para pacientes do SUS como forma de quitar parte do débito com a União. -
Benefício também para unidades sem débitos:
Hospitais e clínicas que estão adimplentes poderão participar acumulando créditos fiscais — quanto mais serviços prestarem, mais créditos terão para abater impostos futuros. -
Objetivo central:
Fortalecer a capacidade de atendimento especializado (como consultas com oncologistas, cardiologistas, ortopedistas, oftalmologistas e otorrinolaringologistas), reduzir a fila de espera por exames e cirurgias e aliviar a pressão sobre o SUS. -
Impacto esperado:
Segundo a equipe, a medida permitirá utilizar estruturas privadas não exploradas, ampliando de imediato o acesso da população a serviços de média e alta complexidade.
Questões institucionais e cronograma
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Portaria conjunta em elaboração:
A regulamentação do programa iniciará com uma portaria a ser editada em conjunto entre Ministério da Saúde, Fazenda e Advocacia‑Geral da União, prevista para o fim de junho. -
Início dos atendimentos:
A expectativa é que as primeiras consultas e procedimentos privados vinculados ao programa comecem a ser oferecidos já em agosto de 2025, conforme declaração do ministro Padilha.
Contexto e próximos passos
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O programa “Agora Tem Especialistas” é uma reformulação de iniciativas anteriores (como o “Mais Especialistas” e o ProSus), agora com suporte da Fazenda para viabilizar compensações fiscais por serviços prestados ao SUS.
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Fernando Haddad, que retornou de férias em 23 de junho, já dialogou com o presidente Lula sobre políticas econômicas e a operação do programa, porém ainda sem agenda externa definida.
O que observar na coletiva
Tópico | Detalhes esperados |
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Critérios de adesão | Quais hospitais podem participar e os requisitos exigidos |
Medidas de fiscalização | Como será monitorada a qualidade e a entrega dos serviços |
Escopo das especialidades | Se haverá ampliação além das definidas inicialmente |
A coletiva pode trazer também projeções de quantas instituições devem aderir e o volume estimado de atendimentos a ser absorvido pelo programa.
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