
Caso chocante em Ribeirão Preto expõe guerra familiar, suspeita de herança, uso de chumbinho e mortes em série investigadas pela Polícia Civil.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Um drama familiar marcado por mortes misteriosas, veneno proibido e acusações entre mãe e filho está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo. O caso, que envolve a morte de duas mulheres da mesma família em Ribeirão Preto, interior do estado, pode revelar um dos crimes mais perturbadores do ano.
Preso sob suspeita de envolvimento na morte da esposa, o médico Luiz Garnica apontou, em depoimento, a própria mãe, Elizabete Arrabaça, 67 anos, como a responsável por envenenar sua esposa, Larissa Rodrigues, e sua irmã, Nathalia Garnica, com uma substância altamente tóxica conhecida como chumbinho, proibida no Brasil.
Segundo o médico, a motivação seria uma disputa por herança e dívidas pessoais da mãe, estimadas em mais de R$ 320 mil. “Acredito que eu seria o próximo. Se ela teve coragem de matar a própria filha, qual a dificuldade de fazer o mesmo comigo?”, afirmou Luiz em depoimento à polícia, demonstrando tensão e medo.
A primeira morte ocorreu em fevereiro de 2025, quando Nathalia foi encontrada sem vida em casa. Na época, o caso foi tratado como infarto fulminante. Um mês depois, Larissa, esposa de Luiz, morreu em circunstâncias semelhantes. Mas desta vez, a perícia detectou o uso de chumbinho no organismo da vítima, o que levou à reabertura do primeiro caso.
O corpo de Nathalia foi então exumado, e exames confirmaram a presença do mesmo veneno. O padrão entre as mortes levou os investigadores a tratar o caso como envenenamento em série.
Elizabete nega qualquer envolvimento. Em interrogatório, disse que Nathalia estava doente com dengue e morreu após um possível engasgo. Já sobre a nora, apresentou versões contraditórias. Primeiro, sugeriu que a filha poderia ter contaminado os remédios de Larissa, depois voltou atrás e disse que “não acredita mais nessa hipótese”.
O delegado Fernando Bravo, que conduz o caso, afirmou em coletiva que os elementos já reunidos apontam para um crime premeditado e cruel. “Com o laudo da Nathalia, está claro que houve um ato intencional. A investigação agora busca definir o papel de cada envolvido e se outras mortes podem estar ligadas ao mesmo padrão.”
A Polícia Civil está colhendo novos depoimentos, analisando dados de localização de celulares, cruzando históricos financeiros e aprofundando as perícias laboratoriais. A origem do veneno e o trajeto até as vítimas também são pontos centrais na apuração.
Enquanto isso, o caso mantém a população perplexa com a sucessão de tragédias e suspeitas dentro da mesma família — e a expectativa é de que novos desdobramentos surjam nos próximos dias.
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