Suprema Corte dá vitória a Trump e autoriza restrição à cidadania automática nos EUA

Decisão histórica reforça o poder do governo republicano de conter abusos do sistema migratório e é comemorada por Trump como “grande decisão”.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

A sexta-feira (27) marcou mais um capítulo importante na política migratória dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump celebrou a decisão da Suprema Corte que validou seu decreto limitando o alcance da cidadania por nascimento para filhos de imigrantes. A votação terminou com 6 votos favoráveis e 3 contrários, garantindo o aval necessário para aplicar a nova regra em 28 Estados americanos.

Durante uma breve fala a jornalistas, Trump não escondeu a satisfação com o resultado do julgamento. “Isto era para os bebês dos escravos, não para pessoas que tentavam burlar o sistema e vir ao país para férias”, afirmou o presidente. Em tom de comemoração, completou estar “feliz” com a “grande decisão”.

A nova diretriz visa justamente fechar brechas legais que, segundo Trump, incentivam famílias estrangeiras a viajarem aos EUA apenas para garantir cidadania automática aos filhos. Para ele, o sistema vinha sendo explorado de forma indevida, sobrecarregando os cofres públicos e ampliando fluxos migratórios irregulares.

Apesar da autorização, a medida não será implantada de forma imediata. Os ministros da Suprema Corte determinaram um prazo de 30 dias antes da entrada em vigor. O período servirá para que eventuais contestações sobre a constitucionalidade da regra sejam analisadas, mas a base jurídica sólida do decreto fortalece as chances de manutenção integral do texto.

A decisão também restringe a atuação de juízes distritais, que vinham barrando trechos do decreto por meio de liminares. Para aliados de Trump, isso representa um avanço no equilíbrio entre o Judiciário e o Executivo, garantindo que decisões do governo federal não sejam bloqueadas localmente de forma arbitrária.

Os Estados onde a nova regra passa a valer são, em sua maioria, redutos republicanos. Entre eles estão Texas, Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e Alabama. No total, 28 Estados optaram por não contestar a medida, fortalecendo a base de apoio de Trump em um tema central de sua agenda política: o controle rigoroso da imigração.

Para a Casa Branca, a decisão reafirma o compromisso do governo com políticas migratórias responsáveis, que priorizam cidadãos americanos e a legalidade dos processos de entrada no país. Aliados afirmam que o próximo passo é reforçar a segurança de fronteiras e ampliar ações contra a imigração irregular.

Enquanto isso, opositores prometem novas batalhas judiciais, mas o presidente já deixou claro que seguirá firme na defesa de sua pauta. Para Trump, limitar a concessão automática de cidadania é uma questão de justiça e soberania. “Isto era para os bebês dos escravos, não para pessoas que tentavam burlar o sistema e vir ao país para férias”, repetiu, destacando a importância histórica da mudança.

Assim, a decisão desta sexta-feira entra para a lista de vitórias políticas de Trump, que mostra força em temas que mobilizam eleitores conservadores e reforçam seu discurso de defesa da nação.

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