
Edição limitada do novo single “Car Song”, vinil da banda emo The Ataris conta com cinzas do pai do vocalista, e foi banido em oito estados dos EUA.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Após mais de uma década sem lançamentos, a banda americana The Ataris voltou aos holofotes — mas não apenas pela música. O novo single “Car Song”, lançado em edição limitada em vinil, ganhou atenção e causou controvérsia por incorporar as cinzas de William Charles Roe, pai do vocalista Kris Roe.
A iniciativa, descrita por Kris como uma homenagem íntima e simbólica, acabou sendo proibida em oito estados dos EUA — entre eles, Flórida, Geórgia, Massachusetts, Missouri, New Hampshire, Carolina do Sul, Texas e Virgínia — onde leis locais impedem a comercialização de produtos que contenham restos humanos.
William faleceu em 2014, em decorrência de complicações relacionadas ao alcoolismo. Parte dos lucros com a venda do vinil será destinada a instituições de apoio à prevenção e tratamento do vício em substâncias, segundo informou a banda.
Em uma publicação no Instagram, Kris escreveu:
“Este álbum é para meu pai, William Charles Roe. Você é profundamente amado e faz muita falta. Que sua memória e espírito vivam eternamente como parte desta música.”
Segundo ele, a ideia surgiu após descobrir uma empresa especializada em prensar cinzas humanas em discos de vinil. “Era o jeito mais poderoso e simbólico de mantê-lo vivo na música que ele tanto apoiou”, afirmou. William era conhecido entre os fãs por registrar shows da banda e distribuir fitas VHS com gravações para outros admiradores.
Tributo ou exagero? Reações divididas
A iniciativa provocou debate acalorado nas redes sociais. Enquanto muitos elogiaram o gesto como uma forma tocante de manter viva a memória de um ente querido, outros classificaram a proposta como macabra ou desrespeitosa.
Do ponto de vista legal, a venda de restos humanos é permitida em 42 estados norte-americanos, mas os demais proíbem expressamente esse tipo de prática — o que obrigou a banda a restringir a entrega do disco especial nessas regiões.
Apesar da controvérsia, a ação reacendeu o interesse pelo grupo, que ficou famoso nos anos 2000 com sucessos como “The Boys of Summer”, uma releitura emo do clássico de Don Henley, dos Eagles.
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