
“Como reflexo direto do aumento de casos, houve crescimento nas solicitações de internação hospitalar por SRAG, o que tem provocado impacto significativo nas taxas de ocupação dos leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTI), tanto nas unidades públicas quanto nas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, informou a secretaria em nota.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O governo de Goiás decretou, nesta segunda-feira (30), estado de emergência devido ao crescimento expressivo de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o estado ultrapassou, por sete semanas seguidas, o limite esperado de incidência da doença.
Desde o início do ano, já foram registrados 6.743 casos de SRAG no estado, sendo 1.117 causados por influenza, 306 por Covid-19, 1.486 por vírus sincicial respiratório e 680 por rinovírus.
Com o aumento dos casos, cresceu também a demanda por internações hospitalares, o que tem pressionado os leitos clínicos e de UTI tanto da rede pública quanto das instituições conveniadas ao SUS. Em nota, a secretaria informou que o decreto de emergência permite a instalação imediata de novos leitos exclusivos para pacientes com SRAG, considerada uma medida essencial diante da sobrecarga no sistema de saúde.
Internações em alta
Entre janeiro e junho de 2025, foram registradas 10.676 solicitações de internação por SRAG — um aumento de 33,27% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 8.011 pedidos. Em maio deste ano, as solicitações chegaram a 2.406, contra 1.767 em maio do ano passado.
Diante do agravamento da situação, 24 municípios goianos já solicitaram ao Ministério da Saúde apoio financeiro para converter leitos de UTI adulto para atendimento exclusivo a pacientes com quadros respiratórios graves.
Dados atualizados mostram um aumento expressivo de casos a partir do fim de março, com pico entre o final de abril e início de junho, durante as semanas epidemiológicas 17 a 21.
Vacinação e grupos de risco
A campanha de vacinação contra a gripe começou em 1º de abril, inicialmente para grupos prioritários. Após 45 dias, foi aberta para toda a população a partir de 6 meses de idade. No entanto, a cobertura vacinal segue baixa: apenas 38,96%, com cerca de 1,5 milhão de doses aplicadas.
A Secretaria de Saúde alerta que a baixa adesão à vacina aumenta o risco de agravamento da doença, especialmente entre os grupos vulneráveis, como crianças e idosos.
Entre os 6.743 casos de SRAG registrados, a maioria é em crianças pequenas:
- 2.654 casos em menores de 2 anos
- 754 entre 2 e 4 anos
- 659 entre 5 e 9 anos
- 1.414 em pessoas com mais de 60 anos
Dos 402 óbitos confirmados, 256 ocorreram entre idosos com mais de 60 anos. Também foram registrados:
- 40 mortes em crianças com menos de 2 anos
- 35 em pessoas de 50 a 59 anos
- 29 em pessoas de 40 a 49 anos
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