Brasil: PF investiga servidores por fraude em vacinação contra Covid-19 no Rio de Janeiro

Segunda fase da Operação Venire apura a participação de servidores públicos em esquema que inseria dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde.

Por Ana Raquel|GNEWSUSA 

A Polícia Federal desencadeou, nesta quinta-feira (4), a segunda etapa da Operação Venire, que visa aprofundar a investigação sobre um esquema criminoso responsável pela falsificação de registros de vacinação contra a Covid-19. Os dados fraudulentos teriam sido inseridos diretamente em sistemas oficiais do Ministério da Saúde, com o objetivo de beneficiar pessoas que, de fato, não haviam recebido o imunizante.

A nova fase da operação cumpre mandados de busca e apreensão em dois endereços localizados nas cidades de Duque de Caxias e Rio de Janeiro, ambos no estado do RJ. Os alvos são agentes públicos municipais, suspeitos de facilitar o acesso aos sistemas federais e de promover a adulteração dos registros.

A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), tem como foco não apenas os servidores envolvidos, mas também a identificação de outras pessoas que possam ter sido beneficiadas pelo esquema, o que pode indicar a existência de uma rede mais ampla de fraudes documentais.

Os sistemas utilizados nas fraudes são o SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos mantidos pelo Ministério da Saúde e fundamentais para o controle e o monitoramento das políticas de imunização em todo o país.

Segundo a PF, as investigações seguem em curso e novas etapas da operação poderão ser realizadas, considerando a gravidade das irregularidades, que comprometem a confiança nos dados oficiais e podem impactar o controle dos registros de vacinação no país.

A primeira fase da Operação Venire já havia levantado indícios da participação de diversos indivíduos em fraudes semelhantes, o que motivou o avanço das apurações. Agora, a polícia busca confirmar vínculos diretos entre os agentes públicos e os dados manipulados, além de rastrear eventuais contrapartidas oferecidas pelos beneficiários das inserções falsas.

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