Putin ignora Trump e aumenta bombardeios na Ucrânia

Ataque aéreo russo, o maior da guerra, desafia esforços diplomáticos do presidente americano.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta um momento crítico em seus esforços para mediar o conflito na Ucrânia, após a Rússia lançar, nesta sexta-feira (4), o maior ataque aéreo contra o país desde o início da guerra, com 550 mísseis e drones direcionados principalmente à capital, Kiev. Horas antes, Trump havia conversado com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma ligação que ele próprio descreveu como frustrante. “Não houve progresso”, disse Trump a jornalistas, expressando decepção com a postura de Putin. Mesmo assim, o Kremlin, por meio de seu porta-voz Dmitri Peskov, afirmou que presta “muita atenção aos pronunciamentos de Trump”.

O bombardeio russo, que durou quase oito horas, causou incêndios em Kiev e forçou moradores a se abrigarem em estações de metrô. Apesar da escala, o ataque resultou em uma morte e 24 feridos, já que a maioria dos projéteis eram drones — 268 dos 539 lançados foram abatidos. Apenas 11 mísseis balísticos, mais letais, foram usados, com dois interceptados, segundo autoridades ucranianas. O presidente Volodimir Zelenski acusou Putin de “humilhar publicamente” Trump com a ofensiva, intensificando a pressão sobre o líder americano, com quem conversou por telefone no mesmo dia.

A ligação entre Trump e Zelenski, anunciada na última quinta-feira (3), veio após os EUA suspenderem, na quarta-feira (2), o envio de mísseis para sistemas Patriot, caças F-16 e bombas de precisão, devido a estoques reduzidos. Zelenski, que pediu o diálogo, discutiu “meios de defender” a Ucrânia, conforme relatou. Embora fontes como Reuters e Axios indiquem que Trump prometeu apoio, detalhes não foram divulgados. A dependência de Kiev do suporte americano é agravada pela incapacidade dos aliados europeus de suprir armas equivalentes, o que reforça o papel central de Trump na busca por uma solução.

Enquanto isso, a Rússia avança em outras frentes, bombardeando cidades como Krivii Rih, no centro-sul, e consolidando ganhos no leste, incluindo a recente declaração de controle total sobre Lugansk, um dos quatro territórios anexados ilegalmente em 2022. O chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, criticou a ofensiva, afirmando: “Presidente Trump, Putin está zombando de seus esforços de paz”. Zelenski também exigiu ações imediatas, declarando: “É preciso haver consequências, não um dia, mas agora. Sanções mais duras, entrega imediata de sistemas de defesa aérea. O Kremlin está observando a reação do mundo”.

Apesar das provocações russas e das críticas ucranianas, Trump mantém sua estratégia de diálogo, buscando um cessar-fogo que ponha fim às hostilidades. A troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia, realizada no mesmo dia do ataque, sugere que as negociações, embora difíceis, podem render resultados. Com sua postura de equilíbrio entre pressão diplomática e apoio à Ucrânia, Trump segue como peça-chave para desarmar o conflito, enfrentando o desafio de conter a escalada russa enquanto lida com as expectativas de Kiev e de aliados europeus.

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