
Primeira-dama questiona “cadê meus vira-latas?” enquanto Lula ignora pergunta sobre medidas de Trump; fala gera críticas e confusão.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Logo depois de um encontro com o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, no Palácio Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi interpelado por repórteres sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas ao Brasil. O assunto, que deveria ter sido tratado com seriedade, acabou marcado por uma frase polêmica da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja.
Quando uma jornalista perguntou: “Trump disse que vai anunciar tarifas contra o Brasil”, Lula preferiu não responder. Sem manifestação do chefe do Executivo, coube à primeira-dama roubar a cena — de forma pouco construtiva. Vindo logo atrás de Lula, Janja disparou: “Ai, cadê meus vira-latas? Cadê meus vira-latas?”
A repercussão foi imediata. Diante da repercussão negativa, a assessoria de Janja divulgou uma nota tentando justificar a fala. “A frase dita pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, não se refere aos jornalistas que perguntaram ao presidente Lula sobre as declarações do presidente americano. E, sim, aos bolsonaristas que estão traindo os interesses e a soberania do Brasil”, afirmou a equipe.
Enquanto a primeira-dama se envolvia em mais uma controvérsia, o presidente americano mantinha o tom firme contra o Brasil. “O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós. Nada bom. Vamos divulgar os dados do Brasil, creio eu, mais tarde, neste dia ou amanhã de manhã”, declarou Trump.
Em um contexto já delicado para as relações entre os dois países, o comentário de Janja apenas ampliou o desgaste. Recentemente, Trump voltou a defender Jair Bolsonaro (PL) publicamente, e a Embaixada dos EUA no Brasil respaldou o posicionamento. Em resposta, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da missão americana, Gabriel Escobar, para dar explicações.
Enquanto isso, a declaração da primeira-dama segue ecoando entre críticas e questionamentos sobre a postura do governo diante de uma crise comercial que pode impactar diretamente a economia brasileira.
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