
O Hamas apontou que está mostrando “flexibilidade” com a libertação de reféns, apontando que há alguns obstáculos com Telavive, com quem está em negociações “difíceis” para um acordo de paz.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Hamas anunciou na última quarta-feira (9) que irá libertar dez reféns como sinal de abertura nas negociações por um cessar-fogo com Israel. A informação foi divulgada por representantes do grupo e repercutida pela imprensa internacional, que destacou a complexidade das conversas em andamento.
Segundo o Hamas, as tratativas, que já duram quatro dias, estão sendo dificultadas pela “intransigência” israelense. Entre os principais pontos de impasse estão: a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza, o fornecimento consistente de ajuda humanitária à região e garantias concretas para um cessar-fogo duradouro.
Apesar disso, o grupo afirma que está atuando com “espírito positivo e seriedade” e considera a libertação dos reféns um gesto de “flexibilidade” para avançar no diálogo.
⚖️ Estados Unidos seguem envolvidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se reuniu recentemente com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, declarou estar confiante em um possível acordo “ainda esta semana ou na próxima”, embora tenha ressaltado que “nada está garantido”.
O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, também afirmou que restaria apenas um ponto de discordância entre as partes. As negociações ocorrem em Doha, no Catar.
💬 Netanyahu fala sobre Gaza e nega expulsão forçada
De visita a Washington, o primeiro-ministro Netanyahu negou que Israel esteja promovendo uma expulsão forçada dos palestinos da Faixa de Gaza. “Não estamos expulsando ninguém”, afirmou a jornalistas no Capitólio, ao lado do líder da maioria no Senado, John Thune.
A declaração contrasta com planos apresentados por Trump no início do ano, que chegaram a prever a realocação permanente da população de Gaza e transformações da região em um destino turístico. O presidente, no entanto, tem evitado mencionar o tema recentemente.
Segundo relatos da imprensa israelense, Netanyahu teria dito a membros do Likud, seu partido, que a destruição em massa de estruturas na Faixa de Gaza visa “oferecer liberdade de escolha” aos palestinos que desejarem sair voluntariamente do território.
🛑 Conflito segue com números alarmantes
O atual conflito teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em território israelense que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e resultou no sequestro de mais de 200 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar massiva sobre Gaza. Segundo autoridades locais controladas pelo Hamas, mais de 57 mil pessoas já morreram desde então, e a maioria da infraestrutura do território foi destruída. A crise humanitária inclui ainda centenas de milhares de pessoas deslocadas.
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