
Medidas visam corrigir desequilíbrios comerciais e fortalecer a indústria nacional dos EUA diante de desafios globais.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Donald Trump agitou novamente o comércio internacional ao anunciar tarifas substanciais que atingem diretamente o Japão e o México. As medidas fazem parte de sua estratégia de “América Primeiro” e prometem reconfigurar acordos e cadeias de suprimentos globais.
As novas taxas, que também impactam a União Europeia e, em menor escala, o Brasil, entram em vigor em 1º de agosto e sinalizam uma escalada no tom protecionista. Além de mirar parceiros tradicionais, Trump já deixou claro que retaliará qualquer país que responder com contramedidas.
México vira alvo por crise de drogas
Para o México, a justificativa é o combate à crise do fentanil nos Estados Unidos. Trump afirmou que as tarifas foram impostas “para lidar com a crise do fentanil da nossa nação, que é causada, em parte, pela falha do México em deter os cartéis, que são compostos pelas pessoas mais desprezíveis que já caminharam sobre a Terra”.
O governo mexicano classificou a nova tarifa de 30% como “injusta” e indicou que poderá reagir, mas qualquer retaliação deve ser respondida com tarifas ainda mais altas, segundo Trump.
Japão também entra na lista de restrições
Além do México, o Japão volta a ser alvo de tarifas adicionais. Trump reforça a crítica sobre o desequilíbrio comercial, afirmando que há anos os Estados Unidos acumulam prejuízos por conta de barreiras tarifárias e políticas comerciais japonesas.
As novas taxas sobre produtos japoneses se somam a medidas anteriores, elevando a pressão sobre exportações de automóveis, eletrônicos e outros setores estratégicos. Empresários japoneses já demonstraram preocupação com o impacto nas cadeias de suprimentos e na competitividade global.
Europa e Brasil entram no pacote
A União Europeia também foi atingida por uma tarifa de 30% sobre exportações, sob o argumento de déficits persistentes e falta de reciprocidade comercial. O bloco avalia contramedidas, mas ainda tenta negociar uma solução antes do prazo final.
Já o Brasil foi incluído no pacote com a maior alíquota — 50% —, mas o centro das atenções está voltado principalmente ao Japão e ao México, que respondem por uma fatia expressiva do comércio bilateral com os EUA e podem definir o tom das reações globais às novas políticas de Trump.
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