
Encontrada em condições desumanas, idosa acamada chegou a gritar e demonstrou descrença ao ver os agentes policiais, questionando se eram pessoas reais.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma mulher de 40 anos foi sentenciada a um ano de prisão na última segunda-feira (14), após ser considerada culpada por negligenciar gravemente a saúde e o bem-estar de sua mãe idosa. O caso, ocorrido em Green Bay, Wisconsin (EUA), ganhou repercussão após Elizabeth Drake admitir que ignorava os apelos da mãe para se dedicar à administração de um blog sobre crimes reais.
A investigação começou no fim de 2023, quando a polícia foi acionada após relatos de que uma idosa estaria pedindo socorro. Ao chegar à residência, os agentes se depararam com uma cena alarmante: o ambiente estava completamente insalubre, tomado por lixo, fezes, urina e infestação de insetos. O odor era insuportável, e o acúmulo de sujeira impedia a livre circulação dentro da casa.
A vítima, uma mulher de 72 anos, foi encontrada confinada em uma cama, sem cuidados básicos, cercada por fraldas usadas, roupas sujas e papel higiênico contaminado. Segundo o relatório policial, ela apresentava feridas causadas por pressão prolongada e estava coberta por resíduos corporais.
Em estado de choque, a idosa chegou a perguntar se os policiais eram reais, relatando que estava presa à cama há mais de um ano devido a uma fratura na perna. Ela também afirmou não lembrar da última vez em que tomou banho ou recebeu qualquer tipo de atendimento médico.
Durante o julgamento, Elizabeth alegou que a mãe “escolheu” viver daquela forma e admitiu ter ignorado seus pedidos de ajuda por considerar a situação incômoda. Segundo ela, cuidar da mãe a atrapalhava em sua rotina, que era centrada na gestão de um blog sobre crimes reais. Antes de ser encerrado, o blog contava com cerca de 164 mil seguidores.
Como parte da sentença, além da prisão, Elizabeth está proibida de manter qualquer tipo de contato com a mãe após cumprir a pena. O caso gerou comoção e levantou debates sobre responsabilidade familiar, abandono de incapaz e os limites da exposição digital frente a obrigações humanas fundamentais.
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