PF conclui que pen drive de Bolsonaro é irrelevante e enfraquece acusações

Documento oficial confirma que dispositivo não contribui para investigação e fortalece defesa do ex-presidente.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

A perícia da Polícia Federal sobre o pen drive encontrado na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que o conteúdo é “irrelevante”. O resultado esfria especulações e reforça a tese de que não há elementos que justifiquem o alarde em torno do dispositivo.

O objeto foi recolhido durante mandados de busca autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que, além da apreensão, determinou restrições rigorosas contra Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica, limite de circulação e proibição de contato até mesmo com aliados próximos, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em meio às buscas na casa localizada no Jardim Botânico, em Brasília, a PF também encontrou certa quantia em dinheiro, mas nada que, até o momento, comprove qualquer ilegalidade. Quando questionado, Bolsonaro explicou o episódio sem rodeios: “Uma pessoa pediu para usar o banheiro, quando voltou, estava com o pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Eu nem tenho laptop em casa para mexer com isso. A gente fica preocupado”, disse a jornalistas.

Depois, o ex-presidente esclareceu que não pretendia levantar suspeitas precipitadas: “Vou perguntar para a minha mulher se o pen drive era dela”, afirmou, evidenciando surpresa com a situação.

Enquanto isso, segue em vigor a acusação de que Bolsonaro e seu filho teriam mantido contatos no exterior em busca de apoio para denunciar uma suposta perseguição política. Para a base de apoio do ex-presidente, no entanto, o laudo pericial apenas confirma que não há provas materiais para sustentar a gravidade das restrições que vêm sendo impostas.

O laudo oficial, portanto, amplia a percepção de que o ex-presidente está sendo alvo de medidas extremas que não se sustentam em fatos concretos. Para muitos, mais um sinal de que, mesmo sem elementos incriminatórios, o cerco jurídico e político contra Bolsonaro segue ativo — mas cada vez mais contestado.

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