Investigação convoca Ghislaine Maxwell para depor sobre Epstein, intensificando a controvérsia política e clamores por justiça.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Congresso dos Estados Unidos está se preparando para convocar Ghislaine Maxwell, ex-associada do financista Jeffrey Epstein, para prestar depoimento oficial. Maxwell está atualmente cumprindo uma pena de 20 anos de prisão por envolvimento em crimes de tráfico sexual de menores.
A iniciativa é liderada pelo deputado Tim Burchett (Partido Republicano, Tennessee), que apresentou uma moção para obrigar Maxwell a comparecer perante o Comitê de Supervisão da Câmara, numa tentativa de aprofundar as investigações sobre a rede de abusos ligada a Epstein.
Pressão política e arquivos não divulgados
A movimentação ocorre em meio a uma crescente pressão bipartidária para que os documentos confidenciais ligados ao caso Epstein sejam tornados públicos.
Burchett justificou a convocação de Maxwell com um apelo contundente:
“Precisamos enviar uma mensagem clara a esses indivíduos desprezíveis. Já se passaram quatro anos — não podemos mais tolerar essa situação”, declarou, em comunicado publicado na plataforma X (antigo Twitter).
O deputado faz referência direta à lista de clientes, cúmplices e facilitadores de Epstein, cujos nomes ainda permanecem em segredo, alimentando especulações e desconfiança pública.
Ações paralelas na Justiça
No mesmo dia, autoridades do Departamento de Justiça informaram que também planejam realizar uma reunião com Maxwell, sinalizando esforços paralelos entre os poderes Legislativo e Executivo para aprofundar o caso.
Enquanto isso, o juiz federal Paul Engelmayer, de Nova York, determinou que a administração Trump entregue documentação adicional justificando sua solicitação de liberação parcial do depoimento sigiloso do grande júri que embasou as acusações contra Maxwell em 2021.
O juiz cobrou urgência na resolução da questão, mas destacou que ainda há lacunas nas informações fornecidas pelo governo, incluindo quais dados específicos seriam divulgados e por quê.
Engelmayer fixou prazos: o governo deverá apresentar um memorando legal até 29 de julho, enquanto Maxwell e as vítimas envolvidas devem se manifestar até 5 de agosto.
Um caso que ainda assombra a elite americana
Mesmo anos após a morte de Epstein, o caso segue provocando impacto profundo nos bastidores da política, da Justiça e da opinião pública norte-americana. Com figuras de alto perfil supostamente envolvidas e muitos documentos ainda sob sigilo, a convocação de Ghislaine Maxwell ao Congresso pode marcar um novo capítulo na busca por transparência e responsabilização.
LEIA TAMBÉM:

	    
Faça um comentário