
Secretário de Estado Marco Rubio afirma que Maduro usurpou o poder, comanda organização narcoterrorista e será responsabilizado pelos crimes do regime.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Os Estados Unidos adotaram um tom mais duro e direto contra o regime venezuelano no último domingo (27). Em um comunicado oficial, o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez declarações contundentes sobre a situação política da Venezuela e o papel de Nicolás Maduro, a quem não reconhece como chefe de Estado legítimo. A nota marca um novo capítulo da pressão internacional sobre o regime chavista.
O governo norte-americano, por meio da liderança republicana, reforçou que não considera Maduro como presidente eleito democraticamente. A posição norte-americana segue alinhada com a postura adotada desde as últimas eleições controversas na Venezuela, amplamente questionadas por organismos internacionais e por parte significativa da comunidade internacional.
Em sua declaração, Rubio afirma sem rodeios que:
“Um ano depois de o ditador Nicolás Maduro desafiar a vontade do povo venezuelano ao se declarar vencedor, sem fundamento, os Estados Unidos permanecem firmes em seu apoio inabalável à restauração da ordem democrática e da justiça na Venezuela. Maduro não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo.”
A fala oficial representa mais do que uma desaprovação política — ela expõe Maduro como um criminoso internacional. Rubio vai além das questões eleitorais e aponta o envolvimento direto do ditador com atividades ilegais de escala global:
“Maduro é o líder da organização narcoterrorista Cartel de Los Soles, responsável pelo tráfico de drogas para os Estados Unidos e a Europa. Maduro, atualmente indiciado por nossa nação, corrompeu as instituições venezuelanas para auxiliar o esquema criminoso de narcotráfico do cartel para os Estados Unidos.”
Esse posicionamento explícito surge após a Chevron, gigante do setor energético dos EUA, receber autorização para retomar suas operações na Venezuela. No entanto, essa retomada foi cuidadosamente estruturada para não repassar qualquer benefício ao regime de Maduro. Nenhum imposto, royalty ou taxa arrecadada com a operação será destinado ao governo venezuelano — uma forma prática de evitar qualquer financiamento indireto à ditadura.
O Secretário de Estado reforçou ainda o comprometimento dos Estados Unidos em agir contra o regime chavista, deixando claro que as ações não se limitarão ao campo retórico.
“Os EUA continuarão trabalhando para responsabilizar o regime corrupto, criminoso e ilegítimo de Maduro.”, afirmou, antes de completar:
“Aqueles que fraudam eleições e usam a força para tomar o poder minam os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.”
A decisão de intensificar a retórica e adotar medidas econômicas controladas reforça a estratégia americana de isolar politicamente Maduro sem abandonar a presença estratégica em um país com uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Apesar das sanções, a produção venezuelana tem se mantido em torno de 1 milhão de barris diários, o que torna a região economicamente relevante mesmo em meio à crise.
Enquanto Maduro tenta sustentar sua permanência no poder com o apoio de aliados regionais e manobras internas, a pressão internacional — liderada pelos EUA — cresce, apontando o cerco diplomático que tende a se intensificar nos próximos meses.
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