Parlamentar governista desferiu soco contra deputado do PL-MG em meio a protestos da oposição, gerando forte repercussão e críticas à postura antidemocrática.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em mais um episódio lamentável no cenário político nacional, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi agredido durante uma sessão na Câmara dos Deputados na noite da última quarta-feira (6). A violência ocorreu no plenário, no encerramento da fala do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e envolveu diretamente a deputada Camila Jara (PT-MS).
Enquanto parlamentares da oposição se manifestavam com gritos de “anistia já” — em referência a presos políticos do 8 de janeiro —, a deputada petista se aproximou do grupo e, em um momento registrado em vídeo, empurrou e desferiu um soco contra Nikolas Ferreira, que acabou caindo e precisou ser socorrido por colegas.
A reação imediata da deputada após a agressão gerou ainda mais revolta: nas imagens, é possível ver que ela demonstra indiferença diante da situação. A atitude surpreendeu até mesmo adversários políticos acostumados com debates acalorados, mas dentro dos limites democráticos.
Nas redes sociais, Nikolas se pronunciou de forma direta, resumindo a situação com a frase: “Esquerda sendo esquerda”. A publicação recebeu apoio de milhares de internautas que condenaram a violência no ambiente parlamentar.
A deputada Carol de Toni (PL-SC), ao comentar o episódio, não poupou críticas à postura da colega governista. Em tom irônico, escreveu: “Super respeitosa e democrática”, referindo-se ao comportamento de Camila Jara.
O caso repercutiu rapidamente e trouxe à tona o debate sobre os limites do confronto político. Apesar das divergências ideológicas serem parte da democracia, o uso da força física em um espaço que deveria ser de diálogo e respeito ultrapassa todos os limites aceitáveis.
A agressão sofrida por Nikolas expõe uma preocupante escalada de intolerância e desrespeito dentro do Congresso Nacional. Mesmo sendo uma figura polêmica e combativa, o deputado mineiro tem o direito de se manifestar livremente, assim como qualquer outro parlamentar, sem ser alvo de violência.
Com a cena registrada em vídeo e amplamente divulgada, cresce a cobrança para que providências sejam tomadas. Afinal, a imunidade parlamentar não deve ser confundida com impunidade para agressões. O episódio reforça a necessidade de resgatar o respeito mútuo e a civilidade dentro da política brasileira.
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