Mulher foi condenada a 39 anos de prisão em Minnesota, Estados Unidos, por manipular a saúde dos filhos para obter benefícios financeiros.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na última quinta-feira, 7 de agosto, Jorden Nicole Borders, de 34 anos, foi condenada a 39 anos de prisão no condado de Crow Wing, Minnesota, após ser responsabilizada por um crime chocante: manipular a saúde de seus próprios filhos com o objetivo de receber benefícios financeiros.
Segundo a denúncia formal, Borders submetia seu filho de 9 anos a frequentes coletas de sangue, sem necessidade médica, para simular doenças e enganar profissionais de saúde e órgãos assistenciais. Além disso, ela obrigava seus outros dois filhos — uma menina de 8 anos e um menino de 11 — a usarem aparelhos ortopédicos, como gesso e colar cervical, alegando que sofriam de osteoporose precoce, uma condição que jamais foi diagnosticada por médicos.
O comportamento suspeito da mãe foi detectado por equipes médicas de diferentes hospitais, que notaram padrões incomuns nos sintomas apresentados pelas crianças ao longo de três anos. Em especial, a queda significativa dos níveis de hemoglobina do menino de 9 anos levantou dúvidas sobre a real origem dos problemas de saúde.
Diante da ausência de explicações clínicas, as autoridades iniciaram investigações em 2022 para apurar a possibilidade de abuso ou fabricação das doenças pelas próprias crianças. Durante as apurações, irmãos do menino revelaram que presenciavam a mãe retirando sangue dele com frequência. O garoto confirmou aos policiais que essas coletas o deixavam enjoado e sonolento.
A investigação aprofundou-se ao ponto de revelar que Borders conseguiu arrecadar cerca de R$ 290 mil em auxílios governamentais e doações de uma ONG com base nessa simulação de enfermidades.
Na busca domiciliar, policiais encontraram várias seringas, e durante o julgamento, as crianças relataram múltiplas formas de abuso físico e emocional. Entre as denúncias estavam exposição ao frio sem roupas adequadas, privação de alimentos, ameaças de violência física, além de situações de humilhação, como o menino mais novo ser obrigado a dormir no chão e utilizar cadeira de rodas sempre que o pai chegava em casa.
O procurador-geral do estado de Minnesota, Keith Ellison, declarou:
“Os crimes de Jorden Borders estão entre os mais hediondos e agonizantes que já vi no mandato como procurador-geral. Os fatos apresentados no tribunal são aterrorizantes e é devastador pensar na tortura física, mental e emocional que ela impôs aos próprios filhos.”
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