
Publicações e capacitação online orientam profissionais da educação e da saúde na promoção de hábitos alimentares adequados entre estudantes da rede pública.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Em comemoração ao Dia do Estudante, celebrado em 11 de agosto, o Ministério da Saúde apresentou novas publicações e um curso de capacitação voltados à promoção da alimentação adequada e saudável nas escolas brasileiras. As iniciativas foram desenvolvidas em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e contam com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O anúncio foi feito durante o evento “Escolas mais saudáveis: alimentação adequada e saudável para estudantes e toda a comunidade escolar”, e o material já está disponível na Biblioteca Virtual em Saúde. Os conteúdos são direcionados a profissionais da educação e da saúde, especialmente os que atuam no Programa Saúde na Escola (PSE).
Publicações para apoiar educadores e gestores
A nova série de Cadernos de Atividade traz propostas pedagógicas adaptadas aos diferentes ciclos da educação básica, articuladas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo é valorizar a alimentação como tema transversal, estimulando o pensamento crítico e a participação dos estudantes.
Além disso, foi produzido um livreto específico para orientar gestores no planejamento e execução de ações de amamentação e alimentação complementar saudável nas creches.
Capacitação gratuita sobre cantinas escolares
Outra novidade é o curso autoinstrucional “Cantinas Saudáveis: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no Ambiente Escolar”, desenvolvido pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Sergipe (UFS) e Santa Maria (UFSM), também com apoio da Opas.
Com carga horária de 60 horas, o curso é gratuito e online, abordando temas como classificação dos alimentos, impactos dos ultraprocessados, rotulagem, publicidade e o papel da escola como promotora de saúde.
“Os educadores e formadores de opinião têm papel fundamental na promoção de uma alimentação saudável no ambiente escolar. Eles despertam o interesse e a participação de estudantes e da comunidade, fortalecendo a construção coletiva do conhecimento”, destaca Kelly Alves, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
Recomendações-chave para uma alimentação saudável nas escolas
As publicações seguem as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira e do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, destacando:
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Dar prioridade a alimentos in natura ou minimamente processados — como arroz, feijão, frutas, verduras, ovos e castanhas — e evitar ultraprocessados, como biscoitos recheados e macarrão instantâneo.
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Não oferecer açúcar para menores de dois anos, substituindo refrigerantes e sucos artificiais por água ou sucos naturais.
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Estimular a amamentação exclusiva até os seis meses e complementada até os dois anos ou mais, seguindo a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes.
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Cozinhar e compartilhar refeições, incentivando habilidades culinárias e tornando a alimentação uma experiência positiva e social.
Escola como ambiente promotor de saúde
Os Cadernos de Atividade reforçam que a escola é um espaço privilegiado para integrar políticas públicas de saúde e educação. O contato com os alimentos, o respeito à cultura alimentar, a consciência ambiental e o estímulo à cidadania são pilares das propostas.
O Programa Saúde na Escola (PSE), que completa 18 anos em 2025, segue como uma das principais ferramentas para fortalecer essas ações, garantindo que a alimentação adequada seja parte da formação integral dos estudantes da rede pública.
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