Uma pequena nação-ilha do Pacífico receberá estrangeiros criminosos que não podem ser deportados da Austrália para os países de onde vieram
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou nesta segunda-feira (1) que o país pagará para que Nauru, uma pequena nação-ilha do Pacífico, receba estrangeiros criminosos que não podem ser deportados para seus países de origem.
A medida foi adotada após a Suprema Corte da Austrália decidir, em 2023, que os cidadãos estrangeiros sem perspectivas de reassentamento fora do país não poderiam mais ser mantidos presos em centros de detenção migratória por tempo indeterminado.
“Pessoas que não têm direito de estar aqui precisam de algum lugar para ir, caso não possam voltar para casa. Se não puderem ser enviadas de volta ao país de origem devido às obrigações que temos, precisamos encontrar outro país para recebê-las”, explicou Albanese.
Reportagens divulgadas pela imprensa afirmam que a Austrália pagará 400 milhões de dólares australianos ao país de 13 mil habitantes para iniciar o acordo, além de 70 milhões anuais para que tenha continuidade. Os valores, no entanto, não foram confirmados pelo primeiro-ministro.
Assinatura de memorando
Na última sexta-feira (29), o ministro do Interior, Tony Burke, visitou Nauru e assinou um memorando de entendimento com o presidente David Adeang, firmando o acordo com a Austrália.
O presidente de Nauru disse neste domingo que o acordo “contém compromissos para o tratamento adequado e a residência de longo prazo de pessoas que não têm direito legal de permanecer na Austrália, a serem recebidas por Nauru”.
Ainda segundo Adeang, a Austrália fornecerá financiamento para sustentar a cooperação e “apoiar a resiliência econômica de longo prazo de Nauru”. O acordo será ativado quando a nação-ilha receber os primeiros transferidos, que terão visto de longa duração.
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